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Rui Santos: “O PSD de Abrantes não se consegue unir” | OUÇA AQUI!

23/10/2017 às 00:00

O PSD de Abrantes reuniu em Plenário de Militantes este sábado, dia 21 de outubro. Após os resultados eleitorais obtidos nas Eleições Autárquicas, e de Armando Fernandes ter avançado que Rui Santos se iria recandidatar a um novo mandato à frente da Concelhia social-democrata, o atual presidente da CPS avançou à Antena Livre que não confirma a sua recandidatura.

Rui Santos afirmou que “as notícias que vieram a público nos últimos dias nada têm a ver com declarações prestadas por mim, portanto, eu não as confirmo”. No entanto, comentou que “neste momento encontro-me em reflexão, atendendo aos resultados que não foram os esperados por esta Comissão Política, e acresce ainda o facto de, na última sexta-feira, eu ter assumido o lugar de vereador da oposição, o que também me vem condicionar de alguma forma”.

Na sua opinião pessoal, Rui Santos defende que “o presidente da Comissão Política não deve ser o candidato à Câmara e, neste caso, tendo sido eleito um único vereador, e tendo sido o presidente da Comissão Política a assumir esse lugar, entendo que as funções se podem confundir”.

Para já, certa está a data das eleições, marcada para dia 13 de janeiro, “que irão coincidir com as eleições diretas do Partido a nível nacional”. Rui Santos adiantou ainda que, no Plenário de Militantes do passado sábado, foi anunciada uma candidatura, “que será liderada pelo Diogo Valentim”.

Apesar de considerar que Diogo Valentim “tem toda a legitimidade para apresentar essa candidatura”, Rui Santos não deixou de dizer que, na sua opinião, “o presidente da Comissão Política deve ser uma pessoa que, ou resida ou trabalhe no Concelho e que vote no Concelho. É essencial que o presidente da Concelhia tenha uma estreita ligação com o seu Concelho”.

 

A renúncia de Rui Mesquita

Quanto à anunciada renúncia de Rui Mesquita ao cargo de vereador eleito nas últimas Eleições Autárquicas, e que, à Antena Livre, Rui Mesquita alegou “razões do foro estritamente pessoal” e referiu que o cargo para qual foi eleito “estará muito bem entregue a Rui Santos”, mas que a outros órgãos de comunicação avançou a “falta de lealdade, falta de equipa, de identidade e de apoio político” por parte do PSD, Rui Santos disse “não ter qualquer comentário a fazer”.

“Neste momento estou empenhado em desempenhar as minhas funções enquanto vereador da oposição. Irei trabalhar com qualquer líder da Comissão Política, que terá sempre todo o meu apoio enquanto militante e enquanto vereador”, proferiu Rui Santos.

 

“O PSD de Abrantes precisa de refletir sobre o que quer para o futuro”

Esta foi uma das declarações de Rui Santos, em entrevista à Antena Livre. Questionado sobre o que vai ter que mudar no Partido, o presidente da Comissão Política recordou que o lema da sua candidatura à Concelhia, há quatro anos, era “Construir o futuro”. E que “passava por unificar as várias fações, se assim se pode dizer, que existiam dentro do PSD de Abrantes. Foram quatro anos de muito trabalho a tentar unir toda a gente”. No entanto, reconhece que “a partir de determinada altura, houve falhas nesse trabalho”.

“Temos a consciência perfeitamente tranquila de que tudo fizemos para que isso pudesse acontecer”, adiantou, observando que “infelizmente, mais uma vez, verifica-se que quando chega a atos eleitorais, o PSD não se consegue unir. E é essa a reflexão que é preciso fazer. Não podemos andar, de quatro em quatro anos, a mudar de líder concelhio porque não tem os resultados desejados”, considerou Rui Santos, aludindo também às palavras de Pedro Santana Lopes, no lançamento da sua candidatura à presidência do PSD.

Quanto ao trabalho de uma Comissão Política Concelhia, Rui Santos referiu que não é apenas a de preparação das eleições autárquicas. “É a angariação de novos militantes, é o colocar novamente a Concelhia de Abrantes a ser falada na Comissão Política Distrital, é ter uma ligação direta com os seus deputados, com a Comissão Política Nacional, levando assuntos do Concelho aos diversos órgãos… e foi exatamente isso que eu e as equipas que me acompanharam, fizemos”.

 

O que falhou?

“Existem várias falhas e as pessoas têm que perceber que existem lideranças e que tem de haver uma lealdade para com essas lideranças. Eu quero acreditar que ninguém faz isto com o intuito de prejudicar o PSD, mas muitas vezes os egos falam mais alto do que o ser militante do PSD”, confessou Rui Santos.

O presidente da Concelhia laranja lembrou que “há regras que, muitas vezes, não são tidas em conta. E é necessário, no futuro, todos os militantes refletirem e, de uma vez por todas, entenderem que, se o PSD não estiver unido num ato eleitoral, jamais irá conseguir ganhar umas eleições ao Partido Socialista”.

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