Foi no mês de maio de 2022 que, oficialmente, foi criada a Praia Fluvial de Constância, depois de três anos consecutivos de análises às águas do rio Zêzere, na sua foz, a poucos metros de “entroncar” no Tejo.
Este era um local, aliás, que sempre foi procurado por muita gente para uns banhos nas águas límpidas e frescas do Zêzere. Não havia praia, apenas o rio.
Agora o rio continua ali, mas foram criadas as condições para se poder fazer praia, desde logo com a colocação de areia numa área de 3.500 m², com a instalação de uns chapéus de sol para embelezar a margem e dar um ar mais “tropical”, e com a colocação do equipamento para os nadadores-salvadores, obrigatórios nas zonas balneares.
E se o rio já era procurado, a partir de 10 julho [data da inauguração da Praia Fluvial], a promoção feita em torno do espaço ganhou imediatamente espaço na agenda dos turistas e da população da região. Houve muito mais “gente em Constância, para a praia” do que as perspetivas iniciais confidenciou ao Jornal de Abrantes o presidente da Câmara Municipal de Constância, Sérgio Oliveira.
Ciente que esta era um equipamento que fazia falta à vila, com zonas ribeirinhas no Tejo e Zêzere, o processo formal demora três anos, mas depois o resultado foi extremamente positivo. E quando surge a questão da dimensão ser reduzida, face à possibilidade de haver uma praia mais extensa, a resposta é simples. Esta, tal como está, tem capacidade para 350 pessoas e se fosse maior havia a necessidade de ter mais nadadores-salvadores.
Este segundo ano de “Praia Fluvial” terá a época balnear entre 1 de julho e 15 de setembro e, tal como no ano passado, vai poder ter algumas atividades a ser desenvolvidas neste período. Sérgio Oliveira tem a noção clara que assim que for colocada a areia, haja sol e calor, e as pessoas vão começar a utilizar o espaço. Mas de forma efetiva só está “aberta” a partir de 1 de julho.
E quando se fala em colocar areia, é um processo natural resultante de um inverno que teve muita água e em que houve descargas das barragens, nomeadamente do Castelo de Bode. Este, já se sabia, era um constrangimento conhecido e assumido quando foi criada a zona balnear.
Outro objetivo do Município era resolver o acesso à praia para pessoas com mobilidade reduzida. Neste ponto, o autarca de Constância, não assume a certeza de conseguir ter essa adaptação concluída para o arranque da época balnear, devido à exigência financeira deste 2023. E este aumento da despesa corrente, muito por via do aumento do preço da eletricidade, vem reduzir a capacidade de a autarquia em fazer algumas intervenções. Há é a garantia do autarca de que a 1 de julho o areal estará pronto assim como o arranjo paisagístico do talude.
Houve sugestões dos turistas, que a autarquia quer resolver este ano, como a colocação de cinzeiros ou de lava-pés.
A praia fluvial de Constância, fica localizada na margem esquerda do rio Zêzere, “cumpre todos os requisitos respeitantes à qualidade das águas balneares e à assistência a banhistas”, tem dois nadadores-salvadores em permanência e uma área de areal de 3.500 m² que permite uma ocupação máxima de 350 pessoas. São 100 metros de frente ribeirinha.
O espaço de lazer possui vários equipamentos de apoio localizados nas suas imediações, designadamente estacionamento, zonas verdes, áreas de lazer, parque de merendas, estabelecimentos de restauração e bebidas, parque de campismo e instalações sanitárias, num local central da vila e com facilidade de acessos a outras infraestruturas.
De acordo o autarca, o Município fez um investimento global de 60 mil euros para a abertura da praia.