São mais de 3.500 alunos dos 3.º e 4.º ano de escolaridade dos municípios do Médio Tejo vão aprender programação e robótica, num projeto de literacia digital que a Câmara de Abrantes iniciou em 2018 e que agora é alargado a toda a sub-região.
O protocolo foi rubricado esta quinta-feira, 19 de dezembro, no Tagusvalley, numa pequena cerimónia que pretendeu marcar o arranque de um conjunto de iniciativas que visam assinalar os 20 anos do Parque de Ciência e Tecnologia do Vale do Tejo.
“Hoje é um dia extraordinário para o Médio Tejo, um dia que ficará marcado na história do Parque de Ciência e Tecnologia” – Tagusvalley – instalado em Abrantes, porque, de facto, ao fim de oito anos, conseguimos levar o projeto T_Code, ligado ao mundo da programação e ao mundo digital, a todos os municípios da região”, disse no momento o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo, Manuel Jorge Valamatos, que também preside ao município de Abrantes e por inerência ao Tagusvalley.
Este projeto que pretende levar o digital às crianças pretende dar mais competências digitais aos alunos. Este alargamento do T_CODE a todo o Médio Tejo é aplicado depois do Tegusvalley ter vencido um concurso público lançado pela comunidade intermunicipal. Terá uma duração de três anos e visa “reforçar o compromisso com a capacitação das crianças em idade escolar e a preparação para os desafios de um mundo em constante transformação tecnológica”.
O T_Code é um projeto que “nasceu no Parque de Ciência e Tecnologia há oito anos”, na altura centrado em Abrantes, Valamatos disse que “conseguir hoje, em 2024, ter em todas as nossas escolas programação acessível a todas as crianças, com esse sentido de universalidade, é um marco absolutamente extraordinário”.
Manuel Jorge Valamatos, presidente CIM Médio Tejo
No âmbito deste alargamento, que envolve a CIM, o Tagusvalley, a associação empresarial Nersant, o Instituto Politécnico de Tomar e agrupamentos de escolas, cerca de 190 turmas dos concelhos do Médio Tejo vão passar a ter aulas de literacia digital ministradas por uma equipa de 10 monitores e dois técnicos do Parque de Ciência e Tecnologia, auxiliados por professores.
De acordo com a explicação do diretor-executivo do Tagusvalley, Pedro Saraiva, o programa envolve atividades semanais, capacitação de professores, workshops para encarregados de educação e a dinamização de sessões de literacia digital em contexto escolar a cerca de 3.500 alunos do primeiro ciclo do ensino básico.
Pedro Saraiva, diretor-executivo Tagusvalley
O programa tem um orçamento de 720 mil euros e é suportado em 85% por fundos comunitários e 15% pelos municípios.
O projeto, que integra as “medidas de intervenção precoce, redução do abandono escolar e promoção do sucesso educativo”, foi iniciado com a “aquisição de equipamento na área das Tecnologias de Informação e Comunicação”, um processo que foi sendo consolidado ao longo do tempo.
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