O açude insuflável de Abrantes vai sofrer uma intervenção num dos vãos por isso vai estar desinsuflado nas próximas semanas.
Trata-se de duas intervenções numa única operação que será feita pela mesma empresa alemã (Floecksmühle Energietechnik GmbH) que já faz as manutenções desta infraestrutura.
Por um lado vai ser feita a reparação em relação aos parafusos que apresentavam alguns problemas numa das comportas insufláveis. Mas desta vez não houve, segundo os responsáveis autárquicos, atos de vandalismo como já aconteceu anteriormente e que levou à necessidade de outras intervenções robustas. Neste caso a autarquia vai aproveitar esta intervenção específica para fazer também a manutenção geral daquela comporta.
O vereador João Gomes explicou a intervenção na reunião do executivo municipal de Abrantes e explicou que esta empresa alemã é a única, no mundo, a fazer este tipo de trabalhos.
Mas para que se possa fazer a intervenção de reparação e manutenção da comporta é necessário, primeiro, fazer uma ensecadeira, ou seja, criar uma barreira em terra e areia que desvie as águas do Tejo do local onde vai ser feita a reparação.
Como é uma intervenção num dos vãos mais próximos da margem sul, o vão dois, será necessário criar condições para a subida dos peixes durante este período. Ou seja, será necessário criar um canal temporário que permita a passagem das espécies piscícolas para montante da infraestrutura.
Esta operação de construir a ensecadeira terá um custo de 150 mil euros e começa já na próxima segunda-feira, dia 13, enquanto que a operação de reparação, a começar em janeiro, está orçamentada em 251 mil euros.
João Gomes, vice-presidente da Câmara de Abrantes explicou à Antena Livre a intervenção e a forma como se vão desenrolar os trabalhos.
João Gomes, vice-presidente CM Abrantes
No seguimento desta informação o vereador eleito pelo PSD, Vítor Moura, anunciou que muito em breve vai apresentar a proposta para instalação de um repuxo gigante no meio do espelho de água, no Tejo.
Já Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara de Abrantes, indicou que está em curso um programa no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo que prevê a criação de dinâmicas de animação das zonas ribeirinhas, por um lado, e permitirá a criação de novas infraestruturas, por outro.
Quanto à reparação e manutenção do açude, avança agora, até por forma a aproveitar a gestão de caudais do rio que está a ser feita pela Infraestruturas de Portugal (IP) que já começou a intervenção na Ponte Ferroviária de Abrantes, na linha da Beira Baixa. A requalificação da ponte é um investimento da IP que vai ter uma duração de 20 meses e um custo de 2,8 milhões de euros.