O movimento ALTERNATIVAcom emitiu esta segunda-feira um comunicado onde mostra a sua discordância pela solução preconizada pelo executivo muncipal para o edifício do antigo Mercado Diário. Manuel Jorge Valamatos diz que vai ser lançado um concurso de ideias através do Núcleo da Ordem dos Arquitetos para o futuro daquele edifício. E essa solução passará por um pavilhão multiusos, sala ou salas de cinema e garagens.
O movimento independente defende que Abrantes “tem, não apenas condições, mas sobretudo a obrigação de oferecer aos seus habitantes e visitantes um mercado diário atrativo e pujante, ponto de encontro de gerações e fregueses de todo o concelho e, até, de outras partes do país e do mundo. Não só acreditamos na viabilidade técnica e organizacional desta opção política, como sabemos como a levar à prática e fazer dela um exemplo de sucesso”.
Depois acrescenta no mesmo texto que “mercado diário manifestamente não funciona no edifício inapropriado em que, de raiz, se investiu mais de um milhão e meio de euros”. Acrescenta que foi uma má decisão política “só explicado pelo autoritarismo e arrogância de um poder autárquico que teimosamente persiste nos mesmos equívocos, com custos elevadíssimos para o erário público e atrasos irrecuperáveis no nosso desenvolvimento”.
No mesmo comunicado o movimento liderado por Vasco Damas revela que mesmo “confrontado com a pressão da opinião pública abrantina, o executivo camarário parece ter aceitado não prosseguir com a deliberação de demolição do edifício histórico do Mercado, procedendo à sua requalificação. Esta é uma oportunidade única para reinstalar o mercado diário no edifício que naturalmente lhe pertence e no qual os cidadãos, com justificado orgulho, se reveem. Esta é também, para nós, uma opção racional e óbvia, que só uma autoridade como o LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil poderia pôr em causa”.
O ALTERNATIVAcom defende que a venda diária de frescos deve voltar ao antigo edifício histórico que deverá ser reabilitado, “numa lógica de multiusos, onde caibam atividades que valorizem e sinergizem o Mercado, mas não 'garagens para carros' (como anunciou o executivo). Não temos dúvidas de que este é o desejo da maioria dos cidadãos, mas, se não for esse o entendimento da atual maioria autárquica, então que tenha a coragem política de auscultar a população com isenção e seriedade”.