A Câmara Municipal de Abrantes aprovou na reunião do Executivo, a 24 de agosto, o loteamento de um terreno na avenida D. João I que prevê a instalação de três espaços comerciais, a criação de uma zona verde e dois novos acessos a esta zona.
O loteamento em causa fica situado entre a rotunda do Olival e o Retail Park de Abrantes e trata-se efetivamente de uma expansão ou um complemento àquela estrutura comercial, embora com algumas características diferentes.
O projeto do loteamento prevê a instalação de três unidades comerciais que a autarquia não divulgou uma vez que este projeto é do loteamento e não tem a ver com a construção de qualquer edifício, o que acontecerá numa fase posterior do processo. Mesmo assim o vereador João Gomes indicou que sabe-se que serão três insígnias ou marcas conhecidas que ali terão os seus espaços comercias. E mesmo com a insistência do vereador do BE Armindo Silveira, no sentido de saber quais as cadeias que se vão instalar neste loteamento, o vereador João Gomes repetiu não ter essa informação e que caberá ao promotor, na altura certa, avançar com os projetos de arquitetura dos edifícios e a divulgação das marcas que se vão instalar naquele espaço.
O loteamento prevê uma nova entrada para o espaço a partir da avenida D. João I e uma nova entrada e saída “nas traseiras” a partir da avenida Dr. Mário Soares.
João Gomes deixou a indicação de que este loteamento tem de ter a validação por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) uma vez que há ali uma linha de água e o promotor terá de construir um pontão para o acesso à zona comercial, para além da criação de uma zona verde.
Ainda de acordo com João Gomes este loteamento vem criar uma alteração, para melhor, à mobilidade naquela zona para além de haver uma área de cedência ao espaço público, que é a zona verde mesmo encostada à rotunda do Olival e avenida Dr. Mário Soares.
O vice-presidente da Câmara de Abrantes deixou claro que esta intervenção, mesmo nos acessos às avenidas é totalmente privada, ou seja, será o promotor a executar estas intervenções.
João Gomes, vereador CM Abrantes
O vereador disse que são “três novas insígnias que vêm para Abrantes (…) e sabemos que os promotores têm urgência em avançar com o loteamento porque têm contratos assinados com essas insígnias” e acrescentou depois que “é a economia a funcionar” e que esta instalação vai criar mais postos de trabalho.
A Antena Livre contactou o promotor deste loteamento, a Isatel, empresa que construiu o Retail Park de Abrantes, que confirmou que tem compromissos assinados com três multinacionais, embora não tenha divulgado ainda quais são.
José Luís Silva, um dos administradores da Isatel, disse que esta aprovação é um passo importante, dos mais importantes, mas faltam ainda mais alguns até que possam entrar os projetos para construção dos edifícios. José Luís Silva deu o exemplo para facilitar a compreensão sobre o empreendimento: “Isto é como a construção de uma casa. Está feito e aprovado o projeto de arquitetura [loteamento] e agora faltam os projetos de especialidade”.
Ainda de acordo com os promotores este não é o alargamento ou expansão do Retail Park embora possa ser entendido como tal até porque o espaço vai ficar todo ligado e a empresa promotora é a mesma. Mas se no Retail Park há espaços e serviços comuns às empresas, como sanitários, este novo loteamento terá as três unidades a laborar individualmente.
José Luís Silva revelou ainda que a zona verde vai ser para utilização pública, embora não tenha equipamentos de uso coletivo, e que se enquadra no Plano de Urbanização de Abrantes que prevê a existência de uma ligação pedonal entre S. Lourenço e o Aquapolis e aquela zona, junto à rotunda, faz parte desse “itinerário”.
Quanto a prazos, José Luís Silva não diz quando é que as máquinas vão para o terreno, mas garante que tudo está no ponto de partida assim que tenham todas as licenças de todas as entidades. No entanto confirma que a aprovação do loteamento, pela autarquia, é um dos passos fundamentais para fazer avançar todos os outros que ainda faltam concretizar. Mas deixou a promessa de “brevemente” poder divulgar os nomes das multinacionais que ali se vão instalar.
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