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Na reunião do executivo municipal de Abrantes realizada na manhã desta terça-feira, dia 5 de março, o vereador Vítor Moura interpelou o presidente acerca da necessidade de uma Casa Mortuária na cidade de Abrantes. O eleito pelo PSD disse que a cidade não tem este equipamento e questionou: “E não precisamos?”
“Não precisamos de um sítio confortável e digno para nos despedirmos dos nossos entes queridos?”, indagou.
Vítor Moura quis “chamar a atenção que as igrejas onde normalmente esse serviço é feito, não estão preparadas para isso. Não foram feitas para isso, não são adequadas e muito menos no século XXI”. “Acresce”, disse ainda o vereador, “que estamos num Estado laico, onde muita gente não é católica e que também tem direito a despedir-se dos seus entes queridos”. Vítor Moura acrescentou que nunca ouviu, em reuniões de Câmara, falar deste assunto - “mas eu também sou vereador há pouco tempo” - e afirmou que “urge” dotar Abrantes deste espaço.
O presidente da Câmara de Abrantes respondeu que esse é um assunto que está a ser conversado “desde o início deste mandato”. Manuel Jorge Valamatos informou que têm havido conversas “com quem de direito nestes domínios e assumindo a responsabilidade por parte do Município e da parte pública” para se encontrar “soluções para esta questão”.
O autarca reconheceu que “na verdade, entendemos que precisamos de uma Casa Mortuária”, referindo “aquelas que temos vindo a utilizar, a Igreja da Misericórdia, a Capela de Sant’Ana e todas as outras que apoiam estas ações, como na Chainça, na capela de S. José [em Rossio ao Sul do Tejo]... um conjunto de infraestruturas que respondem a isso... Nós entendemos que a cidade deve, de facto, ter uma nova Casa Mortuária”.
“Estamos a trabalhar nisto. Sei que se está a iniciar um projeto de quem tem essa responsabilidade, com quem nós articulámos e que ficou com essa incumbência, portanto, estamos a trabalhar em conjunto para tentarmos encontrar essa solução”, assegurou Manuel Jorge Valamatos.
