O mau tempo que se tem abatido sobre o país está a ter repercussões nos caudais do rio Tejo com o aumento dos caudais afluentes desta bacia hidrográfica.
De acordo com uma informação oficial avançada pela Proteção Civil Distrital das 11 horas desta terça-feira “a precipitação que se tem sentido em Portugal e também em Espanha, gerou um aumento considerável dos níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo especialmente nos provenientes de Espanha.”
Nesta informação a Proteção Civil revela que os caudais lançados no Rio Tejo mantêm-se na ordem dos 3.000 m3/s em Almourol.
Ainda segundo a mesma nota, desde as 00:00 desta terça-feira, 13 de dezembro que os caudais estão acima dos 2.000 m3/s constituindo-se como fator de risco muito significativo no galgamento das margens do Rio Tejo, tendo-se “verificado hoje pelas 06:00 o maior caudal lançado pelo conjunto das barragens com influência no Rio Tejo com 2.000 m3/s.”
Assim, e de acordo com estes dados e consequências previstas, a Comissão Distrital de Proteção Civil decidiu ativar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo no seu nível Amarelo.
Às 11 horas da manhã desta terça-feira os efeitos verificados são os seguintes:
Município de Constância
Submersão de parte do parque de estacionamento de Constância junto ao Rio Zêzere;
Município de Vila Nova da Barquinha
Submersão do cais de Tancos;
Previsão para as próximas horas:
Município de Santarém
Possível submersão da E.N. 365 em Ponte do Alviela;
Possível submersão da E.M. liga Ribeira de Santarém a Vale de Figueira;
Possível submersão da E.N. 365 em Palhais/Ribeira de Santarém;
Possível submersão do parque de estacionamento da Ribeira de Santarém;
Município de Santarém / Golegã
Possível submersão durante o dia de hoje da EN365 na ponte do Alviela.
Ainda de acordo com a Proteção Civil Distrital é expectável que nas próximas horas, uma manutenção dos caudais do rio Tejo, mantendo-se assim a elevada probabilidade de cheia. Para as zonas ribeirinhas a Proteção Civil deixa um conjunto de conselhos para as populações:
- Retire, das zonas confinantes, normalmente inundáveis, equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens;
- Leve os animais para locais seguros, retirando os rebanhos que se encontram nas zonas que serão provavelmente inundáveis;
- Não atravessar com viaturas ou a pé estradas, ou zonas alagadas;
- Manter-se informado através dos Órgãos de Comunicação Social ou dos Agentes de
- Proteção Civil, desenvolvendo as ações necessárias para a sua proteção, da família e bens.
A Proteção Civil indica ainda que o Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém, em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente, IP, EDP produção, Serviços Municipais de Proteção Civil e Agentes de Proteção Civil, continuará a acompanhar a situação e emitirá outros comunicados que se entendam necessários.