À semelhança de muitas outras cidades no país e no mundo, Abrantes também vai passar a ter videovigilância.
Foi aprovada por unanimidade esta terça-feira, 20 de fevereiro, na reunião do Executivo Municipal de Abrantes, a minuta de protocolo de cooperação a assinar entre o Município e a Polícia de Segurança Pública relativo à implementação de um sistema de videovigilância a instalar na cidade de Abrantes.
Segundo o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, a videovigilância visa “proporcionar as melhores condições de bem-estar e segurança aos munícipes e a todos os que visitam o concelho” mas também funcionar como um “apoio à ação das forças de segurança”.
Para o autarca, “as câmaras têm um efeito de transmitir maior sensação de segurança aos cidadãos”. Este é um processo que já dura há cerca de um ano e que “não é circunstancial”, como fez questão de referir Manuel Jorge Valamatos, aludindo às recentes situações em que vários estabelecimentos da cidade foram assaltados.
“Temos vindo, quer com o Comando Distrital, quer com o Comando da PSP de Abrantes, a tratar desta vontade de implementar um sistema de videovigilância capaz de ajudar a PSP naquilo que é a sua função”, disse.
Este protocolo tem um conjunto de pressupostos, “já ultrapassámos algumas etapas, nomeadamente a definição dos sítios da colocação das câmaras”, bem como o investimento que será totalmente financiado pela Câmara Municipal de Abrantes.
Segundo Manuel Jorge Valamatos, “em breve estaremos em condições de iniciar a adjudicação, a compra dos equipamentos e, consequentemente, a operacionalização deste projeto”.
Apesar de não ser um processo fácil, com muitas implicações técnicas, o presidente da Câmara de Abrantes quer “crer que, até final de 2024, vamos ter instalado no centro histórico estes mecanismos”.
O primeiro passo é mesmo ter as câmaras de videovigilância no centro histórico, “para reforçar a segurança”, mas que também possa servir de “projeto piloto com vista a levar a outros pontos da cidade e do concelho”.
As câmaras de videovigilância vão ser instalas nos parques ribeirinhos, nos Aquapolis (norte e sul), no centro histórico, junto ao Castelo, no Jardim do Castelo... “temos um conjunto de locais já identificados pela PSP e pelos nossos serviços nesta primeira fase”. Mais tarde, as câmaras de videovigilância poderão vir a ser instaladas “noutros locais da cidade”.
No protocolo a assinar com a PSP, pode ler-se que “com o adensar do espectro de atuação, não se pode negligenciar o auxílio das novas tecnologias na prossecução do superior interesse de zelar pela segurança pública dos cidadãos, designadamente através da utilização de câmaras de vídeo em locais públicos de utilização comum” e que “em matéria de segurança pública, o apoio das novas tecnologias como meio de prevenção situacional, como é o caso do recurso à videovigilância, tem apresentado resultados muito satisfatórios, quer na diminuição da criminalidade quer na eficiência e eficácia da atuação policial, tese sustentada pelos diversos estudos publicados sobre esta matéria”.
A vigência do presente protocolo tem início na data da respetiva assinatura e mantém-se em vigor pelo período de três anos, sendo (...) à data do fim do protocolo, sucessivamente renovável pelo mesmo prazo.
Contudo, Manuel Jorge Valamatos não quer ficar por aqui. O autarca manifestou ainda a intenção de se poder “vir a celebrar um protocolo com a GNR, nas suas áreas de jurisdição, onde eles entendam que este trabalho seria importante para valorizar a sua ação e, no fundo, trazer maior confiança e maior segurança às nossas pessoas”.
Certo é que, após a assinatura do protocolo com a PSP, a videovigilância vai ser implementada no centro histórico da cidade, estendendo-se depois a locais periféricos.
Fotos: Município de Lisboa