O ano de 2024 marcará uma nova realidade na cidade de Abrantes, no concelho e mesmo na região. Este é o ano em que se prevê que o Cineteatro S. Pedro reabra as suas portas, de cara lavada e ampliado, voltando à grandiosidade de outrora.
A empreitada de “Restauro, Reabilitação, Remodelação e Ampliação do edifício do Cineteatro São Pedro em Abrantes” deverá ter o seu início em novembro de 2022, uma vez que o processo de empreitada está sujeito a visto prévio do Tribunal de Contas. É com esta informação que partimos à descoberta do que será o novo Cineteatro S. Pedro. A sala de espetáculos da cidade está fechada desde 2018 e após um processo longo de negociações, o Município de Abrantes adquiriu o imóvel à Sociedade Iniciativas de Abrantes, Lda.
Desde a compra que a reabilitação do edifício tem estado na ordem do dia e após concursos públicos desertos e alteração dos valores de empreitada, finalmente a obra foi adjudicada à sociedade comercial “João António Gonçalves Engenharia Unipessoal, Lda.” pelo valor de 2.645.000 euros, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor. O prazo previsto para a execução da obra será de 450 dias.
E que Cineteatro vão os abrantinos encontrar depois desta requalificação?
Segundo o vice-presidente da Câmara de Abrantes, “os abrantinos, após as obras de restauro, reabilitação, remodelação e ampliação do Cineteatro São Pedro em Abrantes, irão encontrar um equipamento de excelência que irá criar uma nova dinâmica cultural, social e económica no centro histórico, na cidade e na região, expandindo a oferta cultural a diversos públicos e agentes”.
João Gomes explica que “a obra preserva a essência do edifício, estando prevista a reorganização dos espaços e circulações, incluindo uma ampliação em terreno contíguo, que irá criar novas circulações de ligação entre todos os espaços do edifício”. Esta obra vai “assegurar a autonomia funcional e garantir a acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada a todos os pisos através de elevador, bem como circuitos independentes de acesso aos diferentes espaços e para cargas e descargas. Este novo corpo albergará ainda instalações técnicas”.
Quanto ao palco, este “será ampliado para possibilitar a realização de espetáculos que anteriormente não eram possíveis de serem realizados”.
Já a sala de espetáculos “passará a ter 386 lugares, estando prevista a remodelação da plateia que terá um novo perfil de inclinação, cadeiras novas e lugares reservados para pessoas com mobilidade condicionada”.
E já sabemos que quem vai assistir a um espetáculo, antes, depois ou no intervalo, não dispensa um café ou qualquer outra bebida mais refrescante. Para tal, a zona da cafetaria também será remodelada e reequipada, “incluindo a criação de uma zona de esplanada no espaço exterior”.
Com as preocupações de eficiência energética presentes, o Município pretende melhorar esta questão “através da instalação de novas caixilharias com isolamento térmico e acústico. Será efetuado o tratamento acústico das paredes, o restauro do teto falso, entre outros”.
Para maior conforto na sala, “as infraestruturas serão novas, passando o sistema de climatização da sala de espetáculos a ser feito pelo pavimento, de modo a ter uma melhor rentabilidade e melhor conforto aos utentes do espaço”.
Avança ainda João Gomes que “será instalado um sistema de Gestão Técnica Centralizada, destinado a controlar, vigiar, gerir, otimizar e racionalizar o funcionamento de todos os equipamentos previstos”.
O projeto parece vir ao encontro das expetativas de quem anseia por poder voltar a entrar pelas portas do Cineteatro S. Pedro. E como já pareceu bem mais distante essa data, é aguardar mais um tempo para que o Cineteatro S. Pedro volte no seu melhor para muitos mais momentos “históricos” que também nos ficarão na memória.
Patrícia Seixas