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Constância: Fluviário e Centro Interativo dão a conhecer a vida aquática e a história do rio que dava ouro

4/03/2019 às 00:00

À beira-rio e com vista para Constância nasce o Foz do Zêzere - Fluviário e Centro Interativo. Um projeto que surge da necessidade de preservar as espécies aquáticas e com a vontade de eternizar a tradição e o conhecimento sobre a região e às águas do rio Zêzere.

Com um total de 20 espécies autóctones e invasoras, a ideia de um fluviário concretiza-se com a inauguração de 16 tanques iniciais onde habitam barbos, bogas, bordalos, verdemãs do sul, escalos, camarões ibéricos, carpas, alburnos, siluros, pimpões, lúcios-perca, percas-sol, gambúsias e até lagostins.

O projeto pretende ser um espelho daquilo que de mais característico existe nas águas do rio Zêzere e é da autoria de Gonçalo Neves, da empresa AVENTUR, concessionária do Centro Náutico de Constância.

O Foz do Zêzere integra as zonas entre Castelo de Bode e o Castelo de Almourol” e é um espaço que serve “para usufruir de alguma calma” e com o lema de “interpretar a região”, explica Gonçalo Neves.

 

Gonçalo Neves é o promotor do Foz do Zêzere e responsável pela AVENTUR, que organiza atividades de turismo em Constância, como canoagem, rapel e slide.

O objetivo vai muito além da mera observação das espécies aquáticas pelos visitantes, pretendendo ser uma experiência “fora da caixa” e com uma vertente interativa: exemplo disso é a presença de códigos interativos junto aos tanques que possibilitam ter acesso a informações mais detalhadas sobre cada espécie, incluindo curiosidades que são “recolhidas junto dos pescadores mais velhos que colaboram, fazendo-se também um repositório das tradições que se passam à volta das espécies”, conta Gonçalo Neves.

O investimento, que ronda os 300 mil euros, vai criar oito postos de trabalho a tempo inteiro e dez a tempo parcial.

Para além do fluviário, o centro interativo dispõe de uma sala de filme, onde os visitantes poderão assistir - através de óculos de realidade virtual - a um documentário focado no rio Zêzere, de uma oficina de conhecimento e de uma experiência de garimpo de ouro, que remete o visitante para uma “cultura com quatro mil anos”, onde é recriada a prática de prospeção de ouro, atividade outrora feita no rio Zêzere e que lhe valeu o nome de “Tagónio, o rio que dava o ouro”, revela Gonçalo Neves.

Rui Pacheco é o biólogo residente do fluviário Foz do Zêzere

O espaço do centro náutico de Constância conta ainda com atividades como slide, rapel e canoagem, com espaços de cafeteria e restaurante, relvados e um Centro de Formação Outdoor.

O Foz do Zêzere abre portas ao público a 23 de março, espera receber 30.000 visitantes durante o primeiro ano de funcionamento e as perspetivas para o futuro são já bem claras: criar um tanque exterior que permita ao público mais jovem conviver mais diretamente com as espécies e até alimentar os peixes.

 

Ana Rita Cristóvão

Fotos de Carolina Ferreira 

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