Não podia haver Santos sem marchas populares e não podia haver Abrantes sem animação e flores. Foi toda a animação das pessoas presentes e da roupa florida que se fez as marchas populares em Abrantes no dia 12 de junho e ocupou o final de tarde e início de noite.
Nestas marchas participaram 10 grupos: Associação de pais da Escola António Torrado, Associação de pais da Escola do Pego, Associação de pais da Escola da Chainça, Associação de pais da Escola Maria Lucília Moita, Centro Apoio Idosos Rio de Moinhos, Rancho F.E. de Casais de Revelhos, Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, ARTRAM/UTIT, Associação Juvenil, Recreativa e Cultural do Pego e o Centro Social do Pessoal do Município de Abrantes.
O tema proposto era a cidade de Abrantes e a cidade florida, que ornamentou grande parte dos grupos, e as cores da bandeira de Abrantes foram foco de algumas das marchas entre elas a da Escola da Chainça, que contou com cerca de 20 alunos como explica Cristina Teles, presidente da Associação de Pais, e Carlos Bento coordenador do Centro Escolar da Chainça
Cristina Teles e Carlos Bento
A Escola da Chainça, que de início pensou em não se inscrever, como explicou Carlos Bento, mas com ajuda da insistência da Associação de Pais, seguiram em frente e em janeiro começaram a tratar dos fatos e a ensaiar. Carlos Bento e Cristina Teles explicam a importância de a comunidade ter ajudado na participação
Cristina Teles e Carlos Bento
Até entrarem no largo 1ºde Maio, os ensaios “foram em crescente”, mas em três meses a evolução foi notória, também com a ajuda da professora Luísa de Expressões que se dedicou e apoiou o projeto desde o inicio, essencialmente a parte da coreografia.
Cristina Teles destaca ainda, que a ajuda das funcionárias para confecionar as roupas foi indispensável, pois ajudaram nos tempos livres e de lazer a fazer as saias, os brincos e os adereços, mostrando então que foi tudo feito em comunidade para se representar a Chainça. Carlos Bento também destaca que trabalham nas diversas áreas para fortalecer e mostrar o espírito de união do grupo do nome Chainça, dos pais, dos mais novos que o próprio nota que foram fantásticos, nesta marcha onde também o nome da Chainça esteve presente na música.
Outra marcha a desfilar foi a Companhia dos Alegres do Pego, representada por Manuela Gonçalves, que vestiu as cores azuis e amarelas, mas neste caso, não só por ser as cores de Abrantes, mas também por representar o Pego e as cores associadas à freguesia.
Tudo começou com uma brincadeira, quando a Manuela veio do estrangeiro, e começou por organizar o Carnaval, depois o São João e, não satisfeitos, continuaram a fazer umas danças. Tudo isto faz com que nascesse a Companhia dos Alegres, como explica Manuela Gonçalves.
Manuela Gonçalves
A companhia já contou com pessoas dos cinco aos 80 anos, mas com o decorrer do tempo, foi ficando diferente. Agora contam com 20 membros, Manuela Gonçalves destaca em tom de brincadeira que a prestação correr “mais ou menos, dentro do possível, somos amadores”
Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, também esteve presente nestas marchas e entregou um manjerico a todos os grupos. Destaca as marchas como sendo “a nossa identidade e a nossa cultura” e explica também o porque de achar um momento “absolutamente extraordinário”.
Manuel Jorge Valamatos
No ano de 2023 apenas três marchas estiveram no desfile, mas foi assumido um compromisso da comunidade de estarem mais presentes, como declara o presidente da Câmara, e declara esperançoso que no ano de 2025 mais marchas estejam presentes e se comece “eventualmente mais cedo e valorizar mais o espaço que criamos para o efeito”
A noite terminou em tom de alegria e ao som de músicas populares e com a esperança de que no próximo ano as marchas continuem e se mantenham todas as tradições de Abrantes.
Cristiana Farinha
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