A Escola EB 2,3 S Octávio Duarte Ferreira, em Tramagal, abriu hoje as suas portas aos alunos tendo já a cara lavada após a intervenção que foi feita nos últimos meses. Quase 40 anos depois de ter sido inaugurada, a Escola EB 2,3 S Octávio Duarte Ferreira foi alvo da primeira grande empreitada de requalificação, tendo esta manhã reaberto os portões a toda a comunidade educativa.
Na reunião de câmara do Executivo de Abrantes, esta manhã, foi o presidente Manuel Jorge Valamatos, quem deu conta do acontecimento, dizendo ter estado na escola esta manhã. Agradeceu o “empenho e a dedicação” do vice-presidente da Autarquia, João Gomes, responsável pelo pelouro das Obras Públicas, e da vereadora com o pelouro da Educação, Celeste Simão, que “colocaram neste nosso grande desafio de requalificar a Escola de Tramagal”.
O presidente da Câmara lembrou que “esta foi uma candidatura que fizemos ao Portugal 2020. Foi uma obra que ultrapassou um milhão de euros para, no fundo, concluir aquilo que é a valorização do nosso parque escolar”, recordando que este Executivo já tinha concluído a requalificação da Escola de Alvega, ficando agora concluído com a intervenção “tão urgente e importante” na Escola de Tramagal.
“Conseguimos reabrir hoje a escola”, disse Manuel Jorge Valamatos, pedindo “desculpa pelo tempo que demorou”.
A empreitada, um investimento de mais de um milhão de euros e com um prazo de execução previsto para 180 dias (seis meses), teve início no dia 18 de julho e, quando se constatou que não seria possível o ano letivo arrancar naquele equipamento educativo em 14 de setembro, por via das obras em curso, a autarquia e a direção do Agrupamento de Escolas foram à procura de espaços alternativos para os cerca de 100 alunos iniciarem as aulas. Na altura, previa-se que as obras na Escola Octávio Duarte Ferreira ficassem concluídas até ao final de dezembro e os alunos do 5.º ano iniciaram as atividades letivas numa sala da Escola Básica de Tramagal, tendo os alunos de 6.º ao 9.º ano ficado nas instalações Associação de Reformados do Tramagal e uma turma de 12.º ano do ensino profissional a ter aulas numa sala anexa à Junta de Freguesia.
Afinal, as obras prolongaram-se para lá do final de 2023 porque, como adiantou o presidente da Câmara, “também fomos fazendo um conjunto de outras coisas que não estavam previstas inicialmente, de forma a deixar a Escola o mais qualificada possível”. O autarca explicou que “durante as próximas três semanas vamos continuar atentos porque a obra não está inteiramente fechada. Um dos pavilhões continua com intervenções e depois do final das aulas ainda há intervenções a fazer nas estruturas elétricas e noutros mecanismos”. Quando a obra estiver totalmente concluída “queremos voltar a reunir com a Direção da Escola, com a Junta de Freguesia e com a Associação de Pais para fazermos um ponto de situação e percebermos o que é que temos ainda que corrigir para o início do próximo ano letivo”.
Por fazer há também duas intervenções: “uma delas é fazer um campo de relva sintética de forma a melhorar toda a estrutura desportiva e de recreio, permitindo que esse campo possa ficar disponível para a comunidade fora do tempo letivo, complementando o Pavilhão desportivo Municipal, e outra é fazer alguns pisos em algumas salas que não foram permitidos fazer agora nesta intervenção mas que faremos a seguir”.
A empreitada de requalificação e modernização da Escola Secundária de Tramagal previa “trabalhos nos quatro blocos”, com a requalificação de 11 salas de aula, 16 salas de atividades, três laboratórios, um auditório, uma sala de professores, a biblioteca, copa, duas cozinhas e dois refeitórios, a par de pavimentos, condições de acessibilidade, caixilharias e pinturas, bem como retirada das coberturas com fibras de amianto, num espaço em que as infraestruturas estavam degradadas e desadequadas ou eram insuficientes e inexistentes.
O vice-presidente João Gomes também referiu o facto de ainda haver “algumas retificações e algumas questões que não foram aceites” mas adiantou que houve uma prorrogação do prazo para conclusão desses trabalhos que vai até final do mês.
João Gomes agradeceu depois o trabalho “da Divisão de Obras Públicas, da Divisão de Logística, da Divisão do Ambiente, da Divisão do Conhecimento, à diretora do Agrupamento e a toda a sua equipa, a todas as assistentes operacionais e a todas as empresas envolvidas neste processo que trabalharam todos os dias da época festiva - só folgámos no Domingo de Páscoa - para que hoje conseguíssemos abrir e receber os alunos com todas as condições”.
Para João Gomes, “o que mais me chamou hoje a atenção foi o sorriso na cara das crianças”.
Já a vereadora Celeste Simão referiu que “esta obra é a concretização daquilo que estava previsto na Carta Educativa do nosso concelho, o que prova que nós temos uma estratégia educativa para o concelho”.
A Escola Básica e Secundária Octávio Duarte Ferreira, que já teve quase 600 alunos e hoje tem menos de 100, pertence ao Agrupamento de Escolas n.º 2 de Abrantes e oferece, além do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, o ensino secundário, com oferta formativa de cursos profissionais que possibilitam o prosseguimento de estudos no ensino superior ou em cursos de especialização tecnológica.
C/ Lusa
Fotos: Município de Abrantes
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