Foi aprovada por unanimidade pelo Executivo Municipal de Mação a nova Carta Educativa do concelho. A anterior Carta Educativa, homologada em 2007, “já não servia as necessidades” do Município, segundo o vereador Vasco Marques.
“Pretendíamos envolver a comunidade e as entidades parceiras para todos poderem opinar sobre o tema. Houve a participação dessas entidades em dois momentos, bem como o envio de alguns dados e opiniões acerca do documento, começou por explicar o vereador que agradeceu “o envolvimento de todos”.
Vasco Marques lembra que o documento “teve que ser feito em tempo recorde” e que “comparativamente com o que tínhamos de 2007, reflete de uma forma mais atualizada a realidade de Mação no que diz respeito à Educação”. Contudo, acrescentou que “há situações que não passam de meras conjeturas” pois, como explicou, “há previsões que podem falhar”, mais concretamente no números de famílias.
O vereador responsável pelo pelouro da Educação na Câmara de Mação lembrou que está previsto acontecer a transferência de competências na área da Educação no primeiro trimestre de 2022 mas que “não é por isso que deixámos de fazer a Carta Educativa”. Caso “aconteça conforme está previsto, muitas das questões aqui apresentadas sofrerão grandes alterações, sendo que, à data de hoje, o documento está ajustado à nossa realidade”. “Quando houver alterações que o justifiquem ou que o exijam, é provável que o documento tenha que ser revisto.
As críticas do PS
O vereador Nuno Barreta afirmou que o documento “peca por défice” porque “se isto é uma Carta Educativa deve começar nos zero anos e não desde o Jardim de Infância”. O vereador socialista disse depois ter “pena que o dinheiro dos meus impostos tenha servido para pagar a uma empresa que me apresenta um trabalho académico e que, se calhar, não conhece Mação”.
Nuno Barreta criticou a linguagem utilizada pela empresa contratada para redigir a Carta Educativa e deu como exemplo o facto de se apontar a existência de Escolas Básicas se acesso de mobilidade reduzida, coisa que já não acontece no concelho de Mação. “Pagámos a uma empresa que fez o relatório por telefone ou online, alguma pesquisa na internet”, acusou o vereador.
Vasco Marques explicou depois a Nuno Barreta que “relativamente à questão das crianças até aos três anos”, os dados foram prestados pela Santa Casa da Misericórdia que é quem tem essa valência no concelho e que teve possibilidade de dar contributos para o documento, para incluir a faixa etária das creches.
A Carta Educativa do concelho de Mação irá agora ser discutida e aprovada em sessão de Assembleia Municipal, marcada para dia 29 de junho.