De 1 de março a 17 de abril, a lampreia vai voltar a ser a rainha nos pratos dos oito restaurantes aderentes ao Festival da Lampreia de Mação.
Após dois anos de interregno, a edição deste ano conta com o apoio da Pinhal Maior.
Organizado pela Câmara Municipal de Mação, a apresentação oficial do Festival da Lampreia teve lugar esta segunda-feira, 21 de fevereiro.
Vasco Estrela, presidente da Câmara de Mação, anunciou a realização do Festival que começou por um aproveitamento “de uma característica do nosso concelho e da nossa região, que é fazerem-se bons pratos de lampreia”.
Durante cerca de um mês e meio a Lampreia será rainha nos restaurantes aderentes e a excelência do famoso e tradicional Arroz de Lampreia de Mação é sobejamente conhecida e reconhecida pela forma única e especial como é confecionado: em Mação, o arroz é feito com o sangue da lampreia e servido separado da mesma, oferecendo sabores inconfundíveis.
São inúmeros os comensais que, anualmente, se deslocam de todos os pontos do país para, em Mação, degustarem os mais típicos sabores do Arroz de Lampreia.
Refira-se que a fama da lampreia vem de longe, assim como a sua história, que se cruza com a do Rio Tejo e as gentes de Mação, sobretudo da freguesia de Ortiga, onde ainda existem vários pescadores. A excelência da lampreia e do peixe do rio, assim como dos pratos que aqui se confecionam têm feito do concelho, ao longo dos tempos, um ponto de referência a nível nacional.
A par do Arroz de Lampreia que por Mação se confeciona, os apreciadores da iguaria terão também a oportunidade de degustar outros produtos endógenos que a Câmara Municipal de Mação irá disponibilizar aos restaurantes durante o período desta iniciativa, como o presunto, o azeite e as azeitonas.
A Câmara de Mação investe cerca de “seis a sete mil euros” no Festival, entre produtos, promoção e publicidade e conta que pelo concelho passem por estes dias “sete a oito mil visitantes”, número de referência “em anos bons”.
Este ano, apesar do alívio das restrições devido à pandemia de Covid-19, o problema prende-se com a falta de água também no rio Tejo.
Não há lampreia suficiente no rio e a lampreia tem de vir de França pois os outros rios nacionais que anteriormente abasteciam os restaurantes da região, como o Mondego ou o Minho, não têm produto suficiente devido à mesma razão.
Há 44 anos a lidar com a lampreia, Helena Matias, mais conhecida como a Lena da Barragem, proprietária do restaurante “A Lena”, também reconhece o problema e, apesar de participar no Festival pois “sempre vêm mais uns clientes”, não tem a certeza se “este ano será a coisa certa pela falta de produto”.
Restaurantes aderentes:
A Lena – Ortiga – 241 573 457 /926 347 974 / 917 792 996
Todos os dias – almoço, com reserva
Avenida (Pica-Fino) – Mação – 241 572 585 / 966 225 784
Todos os dias – almoço e jantar, com reserva
(encerra à segunda-feira)
A Reta Café Restaurante –Mação – 969 459 660
Segunda-feira a sábado – almoço e jantar
Domingo –com reserva
Churrasqueira Norberto – Mação – 962 602 382
Segunda a sexta-feira – almoço, com reserva
(encerra sábados e domingos)
O Bigodes – Ortiga – 241 571 230 / 964 677 705
Todos os dias – almoço e jantar
(encerra à quarta-feira)
O Godinho – Mação – 241 572 874 / 962 536 310
Todos os dias – almoço, com reserva
(encerra ao domingo)
O Pescador – Mação – 241 573 180 / 934 244 472
Sábados e domingos, ao almoço, com reserva
(encerra domingo ao jantar e segunda-feira todo o dia)
Solar do Moinho – Cardigos – 274 866 505 / 969 513 633
Segunda a sexta-feira - almoço, com reserva
Sábados – almoço e jantar, com reserva
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