A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, em articulação estreita com o Grupo de Trabalho para a Redução das Ignições em Espaço Rural (GT), na sequência vários de incêndios florestais, no concelho do Sardoal, desenvolveu diligências de investigação que culminaram na identificação e detenção do presumível autor.
De acordo com um comunicado da PJ “trata-se de um homem de 43 anos de idade, residente na zona do Sardoal.”
Ainda de acordo com a mesma informação, dos incêndios em causa resultaram elevados prejuízos patrimoniais e para o meio ambiente, consubstanciados na destruição de extensa área florestal.
O detido vai ser presente às autoridades judiciárias competentes, para aplicação de medida de coação tida por necessária e adequada.
Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal, não adiantou muito sobre esta detenção porque apenas sabe “aquilo que a PJ tornou público no comunicado, tudo o mais é o diz que disse na vila.” Mesmo assim destacou que os pilares da Proteção Civil estão a fazer o seu trabalho, sendo que os Bombeiros apagam os fogos e as autoridades policiais fazem o seu trabalho. Miguel Borges aludiu ao facto de terem existido muitas ignições suspeitas no concelho de Sardoal. Ainda esta semana, na terça-feira (dia 23 de agosto) aconteceram duas ignições quase em simultâneo e, “coincidência” uma outra na freguesia de Mouriscas, no vizinho concelho de Abrantes. Mesmo assim o autarca de Sardoal diz que não é uma detenção que vai fazer baixar a guarda de um trabalho de prevenção e de vigilância sobre o qual não se pode baixar a guarda.
Miguel Borges, presidente CM Sardoal
Segundo revelou em 14 de agosto o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, já tinham sido detidos mais de 100 suspeitos do crime de incêndio florestal.
“Tínhamos 119 detidos, quer pela Guarda Nacional Republicana, quer pela Polícia Judiciária”, declarou José Luís Carneiro, na Batalha (Leiria), após a sessão solene do Dia do Município, citando dados que se reportam ao dia 12 de agosto.
O ministro garantiu na altura que este ano o Governo reforçou muito “os mecanismos de fiscalização e de vigilância” e que “esse trabalho de fiscalização e de inspeção” foi intensificado “numa articulação da Guarda Nacional Republicana com a própria Força Aérea, com vigilância aérea articulada com os 230 postos de vigia fixos e, depois, também a própria videovigilância que está colocada para serviço à floresta”.
“E todos esses meios se articularam para termos, este ano, uma taxa de detenção que está já muito mais acima do dobro daquilo que foi a taxa de detenção nos anos anteriores”, adiantou, considerando que tal “mostra também a eficácia do sistema no combate aos incendiários”.
(ATUALIZADA 19:00)