Foi aprovada a candidatura ao Projeto “Escolhas 9 Geração”, que tem como público-alvo os migrantes residentes no concelho de Abrantes, apresentada pela Câmara Municipal (entidade promotora) e pela Cruz Vermelha Portuguesa- Delegação Abrantes (entidade gestora), foi anunciado na reunião de Câmara de 3 de outubro.
O programa “Escolhas”, é uma iniciativa do Governo de Portugal, que vai na 9.ª geração, cabendo a promoção das candidaturas ao Alto Comissariado para as Migrações.
O projeto iniciará em breve, com uma equipa de recursos humanos especificamente associada. Terminará a 31 de março de 2025, podendo vir a ser renovado por mais um ano e seis meses. Teve financiamento de 229.747,82 €, assegurado por fundos europeus estruturais de investimento e pelo fundo social europeu mais.
No concelho de Abrantes, o nome atribuído à candidatura pela Cruz Vermelha foi de Yolo.com, significando “a associação da multiculturalidade à vida, às oportunidades que todos merecem e ao respeito que cada indivíduo merece na comunidade em que esteja inserido”.
Para a sua efetivação, foi constituído um grupo de trabalho constituído pelas seguintes entidades: Câmara Municipal, Cruz Vermelha Portuguesa- Delegação de Abrantes, Agrupamento de Escolas N.º1, Agrupamento de Escolas N.º2, Escola Superior de Tecnologia de Abrantes e Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Abrantes. A Câmara é a representante máxima, cabendo-lho a função de supervisionar e coordenar.
Para o presidente da Câmara, Manuel Jorge Valamatos, “estamos na presença de mais um bom exemplo da boa capacidade para trabalhar em parceria com as nossas instituições”.
Segundo a veredora Raquel Olhicas, esta candidatura “tem como público-alvo os migrantes residentes no concelho, tendo em conta a afluência que estamos a sentir todos os dias”. Para além dos apoios municipais e das escolas, a autarca explicou que essas famílias “carecem de outros apoios devido à vulnerabilidade social a que muitos deles estão expostas, pelo que carecem de outras respostas”, tendo concluído que este projeto “vem contribuir para minimizar o sentimento de constrangimento que as pessoas manifestam quando chegam a uma comunidade que desconhecem”.
O projeto intervirá diretamente junto de 60 crianças/jovens e 120 pessoas de forma indireta, cabendo à Cruz Vermelha trabalhar com estes cidadãos migrantes, incidindo nos principais problemas diagnosticados no Plano de Desenvolvimento Social e Diagnóstico Social), nomeadamente: Desemprego Jovens NEET/Migrantes; Desigualdades Sociais e Segregação Cultural. Através do trabalho proposto pela equipa técnica do projeto, pretende-se “diminuir as barreiras culturais existentes entre a comunidade maioritária e a minoritária e promover a efetiva e consolidada integração social e o aumento do exercício de cidadania por parte dos participantes, promovendo a consciencialização dos seus deveres enquanto cidadãos”.
Entende-se que através deste projeto é possível “aumentar os níveis de valorização cultural, aumentando e potenciando os benefícios da multiculturalidade, promover a formação, emprego e qualificação, diminuindo a incidência, nesta comunidade, de fenómenos como a baixa escolaridade; fraca qualificação; fraca participação e envolvimento na comunidade maioritária”.
Foto: Município de Abrantes