Três candidaturas vão apresentar-se a votos nas eleições intercalares de 18 de fevereiro à Assembleia de Freguesia de Alvega e Concavada, no concelho de Abrantes, tendo o tribunal rececionado listas do PS, PSD e CDU.
De acordo com as listas de candidatos à União de Freguesias afixadas no Tribunal de Abrantes, o cabeça de lista do PSD é Paulo Pires da Rosa, engenheiro agrário, de 51 anos, o primeiro nome da lista da CDU (coligação PCP/PEV) é Paulo Jacinto, oficial de justiça, de 50 anos, enquanto a cabeça de lista do PS é Carla Peixe, assistente técnica na União de Freguesias de Alvega e Concavada, 49 anos.
A União de Freguesias do concelho de Abrantes vai ter eleições autárquicas intercalares em 18 de fevereiro, depois da renúncia de mandato da maioria dos elementos daquele órgão.
“Face ao esgotamento da possibilidade de substituição dos membros da Assembleia de Freguesia que renunciaram ao respetivo mandato, quer dos eleitos pela lista mais votada, quer dos eleitos pela segunda lista mais votada, e não se encontrando em efetividade de funções a maioria do número legal de membros da Assembleia (cujo quórum é, em concreto, de 05 membros), impõe-se a realização de novas eleições intercalares para esta Assembleia de Freguesia”, lê-se num despacho do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel.
Os problemas de gestão começaram logo após as eleições autárquicas de setembro de 2021, que o PS venceu por 23 votos de diferença, elegendo três elementos, tantos quantos o PSD, a segunda força política mais votada, e tantos quantos o BE.
As três propostas apresentadas então pelo PS para formação de executivo foram sempre chumbadas por BE e PSD, que acabaram por pedir renúncia de mandato, levando à realização das primeiras eleições intercalares.
Para essas eleições foi criado o Movimento Independente da União de Freguesias de Alvega e Concavada (MIUFAC), encabeçado por António Moutinho, que tinha concorrido pelo PSD nas eleições autárquicas de setembro de 2021, apresentando-se a votos nas intercalares com elementos das listas do PSD e do BE, cujos partidos abdicaram de apresentar candidaturas próprias.
O MIUFAC venceu em 27 de março de 2022 as eleições intercalares, ‘destronando’ o PS, ao obter uma maioria com 51,2% dos votos, (481 votos do total dos 1.678 eleitores inscritos), contra 369 votos do PS (39,3%) e 79 votos da CDU (8,4%).
Os problemas, no entanto, continuaram, com vários elementos do movimento a renunciarem aos cargos para que tinham sido eleitos.
Em agosto de 2022, os eleitos pelo PS à Assembleia de Freguesia de Alvega e Concavada apresentaram uma carta de renúncia aos mandatos em protesto pela "instabilidade política", reclamando novas eleições intercalares.
Contactado na altura pela Lusa, o atual presidente da União de Freguesias de Alvega e Concavada, António Moutinho, assegurou que não iria renunciar ao mandato.
Com mais um pedido de renúncia em setembro de 2023, desta vez de um elemento do próprio MIUFAC, deixou de haver quórum e foram assim marcadas novas eleições intercalares pela tutela.
Lusa
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