Na sequência da reação do vereador eleito pelo PSD, Vítor Moura, à postura do presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, em que abandonou a reunião do executivo municipal o partido vem solidarizar-se com o seu vereador.
A comissão concelhia do PSD emitiu um comunicado em que expressa “o seu total repúdio à postura autoritária adotada pelo Presidente da Câmara Municipal de Abrantes durante o seu mandato, mas em especial em relação à última reunião de Câmara, comportamento este que violenta os princípios democráticos e o respeito pelo pluralismo político que devem guiar a vida pública e institucional.”
No texto o PSD considera que Manuel Jorge Valamatos se impôs de maneira desrespeitosa e intolerante por isso, “fragilizou o ambiente de diálogo construtivo que deve pautar qualquer reunião, desrespeitando o vereador Vítor Moura, representante legítimo do nosso partido e dos cidadãos de Abrantes.”
A concelhia lamenta a conduta que levou o vereador, “em protesto” a abandonar a reunião.
No texto o PSD reafirma a solidariedade para com o vereador Vítor Moura, “cuja postura corajosa de não se submeter a tais imposições nos orgulha e reflete o compromisso do PSD com a defesa da democracia, da liberdade de expressão e da transparência nos processos de decisão política, bem como o respeito pelos eleitores que pauta a nossa atividade política quotidiana.”
O PSD diz que os limites mínimos de cordialidade não foram respeitados pelo Presidente da Câmara Municipal, logo desde o início do mandato dos órgãos autárquicos (2021) e que sempre “assumiu uma atitude impulsiva em relação ao nosso Vereador Vítor Moura, nem nunca soube responder às questões feitas pelo Partido Social Democrata de uma forma minimamente informativa e que respeitasse a legitimidade destas mesmas perguntas.”
E os social-democratas resumem numa frase: “falta cultura democrática a quem dirige os destinos da comunidade Abrantina.”
O partido indica que “continuará a lutar pelo respeito às normas democráticas e pelo direito à participação plena e livre de todos os seus eleitos em defesa do bem comum.”
E depois solicita que a situação seja objeto de uma reflexão profunda por parte dos órgãos municipais competentes, no sentido de evitar a “repetição de episódios como este que mancham a boa convivência democrática e prejudicam o desenvolvimento de Abrantes.”
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