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Sardoal: Câmara tem candidatura para recuperação da antiga Escola Primária de Cabeça das Mós

10/11/2017 às 00:00

Na reunião quinzenal da Câmara Municipal de Sardoal, realizada esta quarta-feira, 8 de novembro, Miguel Borges anunciou que o Município tem em curso uma candidatura no âmbito do turismo para a recuperação da antiga Escola Primária de Cabeça das Mós para a devolver à comunidade, questão também levantada pelos vereadores da oposição.

“A antiga Escola Primária da Cabeça das Mós é pertença do Município e queremos que esse equipamento esteja ao serviço da nossa comunidade. Neste momento estamos a desenvolver uma candidatura no âmbito do turismo para que esse espaço possa servir de apoio à nossa estratégia, quer nos percursos pedestres ou de BTT”. Como está junto à Barragem da Lapa, “é um sítio de excelência para podermos ter ali um espaço que dê resposta a estes equipamentos”.

Na reunião de Câmara, os vereadores do Partido Socialista, Pedro Duque e Carlos Duarte, questionaram o Executivo presidido por Miguel Borges acerca da situação da colocação de médicos no Centro de Saúde de Sardoal.

À Antena Livre, o presidente da Autarquia referiu que, atualmente, existem três médicos “mas não estamos satisfeitos porque achamos que a resposta que está a ser dada aos sardoalenses não está ainda no ponto em que nós gostaríamos que estivesse. Estamos em estreita articulação com o diretor do Centro de Saúde de Sardoal e com a diretora do ACES do Médio Tejo e estamos todos a tentar resolver este problema mas sabemos que esta situação não se resolve com toques de mágica”.

O presidente referiu ainda que “este problema tem uma grande carga de decisão política e devia de haver um maior empenho da parte dos nossos decisores políticos para se encontrar aqui um conjunto de regras ou de obrigatoriedades para que se possam fixar médicos no interior”.

PS sugere a criação de hortas comunitárias

Outro dos temas trazido pelos vereadores socialistas, e que até gerou consenso entre o Executivo, foi a possibilidade de análise de um terreno da Autarquia para a criação de hortas comunitárias na vila de Sardoal.

Pedro Duque avançou que a ideia “é, por um lado, colocar ao dispor da população esse serviço, até mesmo por questões de civismo e para despertar a população mais jovem para isto, e depois por uma questão de aproveitamento dos recursos”.

Miguel Borges considera a ideia interessante, mas vai depender de haver ou não interessados.

“Havendo utilizadores, parece-me uma ideia interessante virada até para os casais mais novos pois a maior parte dos sardoalenses têm as suas hortas, os seus terrenos, mas não tenho nada contra. Temos é que encontrar o espaço”.

Relativamente ao terreno sugerido pelo PS, o presidente explicou que aí, não vai ser possível. Pedro Duque e Carlos Duarte sugeriram o terreno que fica entre o pavilhão da escola e a GNR mas Miguel Borges explicou que esse espaço “tem várias condicionantes. Uma delas é que contamos começar em breve com a requalificação do Parque Escolar e esse terreno poderá servir para apoio à obra. Depois, estamos a falar de uma zona próxima do nosso heliporto que é chamada de zona de abortagem, ou seja, tem de haver na direção daquilo que é o cone de aproximação ou que o helicóptero levanta, uma zona que tem de estar completamente limpa pois, se alguma coisa falhar, tem que estar disponível para que possa ser feita a abortagem do voo”.

Os cinco elementos do Executivo comprometeram-se a, em conjunto, tentarem encontrar então um espaço que seja adequado, e que possa ser abastecido por água de um furo local pois utilizar água da rede seria “incomportável”.

Ainda antes de entrarem na Ordem de Trabalhos, os vereadores socialistas do Executivo sardoalense trouxeram para a reunião de Câmara alguns temas que utilizaram na campanha para as Autárquicas. Exemplo disso, a limpeza dos contentores públicos do lixo.

Miguel Borges explicou que os Serviços Municipalizados vão avançar brevemente com uma campanha de sensibilização pois a sujidade que muitas vezes se observa, deve-se à má utilização por parte dos próprios munícipes.

“As pessoas têm que perceber que há regras para depositarem lixo nos contentores”, começou por explicar o autarca. “A limpeza dos contentores é uma operação muito cara [cerca de 6 a 7 mil euros] e não é admissível que isto se faça mensalmente ou mesmo de dois em dois meses”. No intermédio do tempo e limpeza, “têm que ser as próprias pessoas a saberem utilizar os resíduos sólidos urbanos, de forma a depositá-los nas melhores condições para que não aumentem os maus cheiros e pôr em risco a própria saúde pública. No entanto, a informação que nos chega é que há muitas pessoas que despejam diretamente o balde do lixo no contentor sem estar devidamente fechado num saco de plástico”.

O presidente explicou também que esta situação se agravou depois que os sacos de plástico passaram a ser pagos e lembrou ainda que, agora no inverno, há também quem deite as cinzas das lareiras, que acabam por incendiar os contentores.

Nesta reunião, os vereadores socialistas pediram ainda um espaço no edifício da Câmara Municipal para poderem receber os munícipes, pedido esse imediatamente aceite e concedido por parte do Executivo. Pedro Duque e Carlos Duarte disponibilizaram também o horário em que pretendem estar na Câmara Municipal e será nos dias das reuniões ordinárias do Executivo, entre as 14 e as 15 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

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