Na sequência da discussão gerada em sessão de Assembleia Municipal, realizada na terça-feira, 13 de abril, sobre a situação da Santa Casa da Misericórdia de Sardoal, o Partido Social Democrata de Sardoal emitiu um comunicado onde afirma que “tem vindo a acompanhar a atual situação da Santa Casa da Misericórdia com grande proximidade e preocupação” e que “este acompanhamento tem sido feito pelos seus eleitos locais, muito especialmente pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal em quem depositamos total confiança na gestão deste assunto”.
Os ânimos exaltaram-se quando o presidente da Junta de Sardoal, Miguel Alves, quis saber a posição da Câmara Municipal relativamente à situação da Santa casa da Misericórdia e ao pagamento não integral de salários. Miguel Alves acusou depois a Direção da instituição de amadorismo e desafiou a Mesa Administrativa a dar lugar aos mais novos.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sardoal, também deputado municipal, Anacleto Batista, respondeu e acusou Miguel Alves de não saber o que se passa na instituição. Chamou mesmo o presidente da Junta de ignorante e de estar a agir de má fé.
Para o PSD de Sardoal “a instituição Santa Casa da Misericórdia de Sardoal tem mais de 500 anos e merece todo o nosso respeito”. Dizem compreender “o «desconforto» dos funcionários que, apesar do seu grande empenho e dedicação no dia-a-dia da vida da instituição, têm-se deparado com constrangimentos preocupantes no momento de receberem o seu vencimento”. A Comissão Política concelhia deixa “uma palavra de solidariedade e agradecimento pelo que têm feito pela instituição e indiretamente pela nossa comunidade” e relembra o facto de “não ter havido caso algum de COVID-19 entre os utentes”, facto que se deve, “sem dúvida alguma, ao Plano de Contingência mas principalmente à forma profissional como muito bem o têm posto em prática”.
O PSD de Sardoal considera que “a preocupação, o empenho e a vontade de ajudar, de encontrar soluções, não se mede pelo número de publicações colocadas nas redes sociais ou por se gritar mais alto” e critica o “aproveitamento político que os eleitos do Partido Socialista têm feito, não contribuindo de modo algum para a solução, mas sim para agudizar o problema, chegando a pôr em causa as relações institucionais, muito para além da esfera concelhia”.
“Não é disto que a Santa Casa necessita, não é disto que o Concelho precisa!”, remata o partido que diz “continuar a acompanhar este problema, que urge ser resolvido para bem da Instituição, mas principalmente dos trabalhadores e utentes que dela dependem”.
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