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Abrantes: Serviços Municipalizados apresentam Campanha de recolha seletiva de biorresíduos

28/01/2023 às 12:57

Os Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA) lançaram uma campanha de Recolha Seletiva dos Biorresíduos: "Ser Smart é colocar os Biorresíduos no Contentor Castanho. Mudar é Preciso. Dê o exemplo."

A apresentação decorreu nas instalações dos SMA, esta sexta-feira, 27 de janeiro, onde foi apresentado o novo contentor castanho de biorresíduos que vai passar a integrar o sistema municipal de recolha de resíduos urbanos. Nesta fase inicial, este será ainda um projeto piloto a implementar na União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, Freguesia do Pego e Freguesia do Tramagal. Os novos contentores castanhos para a recolha dos biorresíduos, cerca de 700, vão ser colocados, sempre que possível, junto dos já conhecidos contentores verdes.

Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara Municipal e do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Abrantes, falou de “um dia extraordinário” e lembrou que “há 25 anos, não foi assim há tanto tempo, encerrámos a lixeira a céu aberto, com um descontrolo total na forma como tratávamos o lixo”.

Essa é também uma das explicações do porquê do lixo hoje em dia “ser caro”. “É que dantes também não havia nada ou muito pouco para pagar. Os camiões recolhiam o lixo, chegavam à lixeira e despejavam para o chão. Deitava-se lume àquilo e estava feito”.

Manuel Jorge Valamatos explicou que “os camiões fazem hoje em dia uma recolha mais regular, vão para a zona de transferência, ou seja, o aterro em Barrada, e depois vem alguém de Avis com semi-reboques, pegar no lixo e levá-lo para a Valnor. É evidente que isto tem custos enormes mas o ambiente agradece”.

Voltando aos biorresíduos, uma das novidades também deste projeto piloto são os baldes castanhos domésticos, com capacidade para 7 litros, que serão distribuídos gratuitamente, pelas habitações das freguesias que integram o projeto nesta fase inicial (Abrantes e Alferrarede, Pego e Tramagal). O conteúdo do balde pequeno, depois de cheio, deve ser colocado no contentor castanho mais próximo de cada residência.

A distribuição porta-a-porta dos baldes castanhos de 7 litros, vai ser realizada pelos SMA, a partir desta segunda-feira, dia 30 de janeiro, na Freguesia do Pego. Segue-se a Freguesia de Tramagal e, por fim, a Freguesia de Abrantes e Alferrarede já durante o mês de abril. A escolha destas três freguesias para o início deste projeto está relacionada com o estudo prévio para a implementação da recolha seletiva em Portugal Continental, incidindo em especial no fluxo dos biorresíduos, realizado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e que suporta o mapeamento dos locais com potencial técnico e económico de implementação desse tipo de recolha.

Mas, afinal, o que são biorresíduos? 

De acordo com a definição dada pelo Decreto-Lei n.º 102-D/2020, de 10 de dezembro, entende-se por Biorresíduos “os resíduos biodegradáveis de jardins e parques, os resíduos alimentares e de cozinha das habitações, dos escritórios, dos restaurantes, dos grossistas, das cantinas, das unidades de catering e retalho e os resíduos similares das unidades de transformação de alimentos".

O que pode ir para os contentores castanhos

De uma forma mais detalhada, apresentamos o que deve colocar no contentor castanho: restos de pão e bolos; aparas de carne e de peixe; guardanapos e toalhas de papel usadas; cascas de fruta, legumes e ovos; borras de café e saquetas de chá; restos de comida (crus ou cozinhados); produtos alimentares fora do prazo de validade.

O que não deve ir para os contentores castanhos

Por outro lado, não deve colocar neste contentor resíduos como: ossos; caroços; óleo de cozinha; cascas de marisco e bivalves; beatas de cigarros; dejetos de animais; produtos líquidos e semilíquidos (leite e derivados, sopa, mel, compotas); embalagens de plástico, metal, vidro, papel ou cartão, têxteis, lâmpadas, louças e outros resíduos não biodegradáveis; fraldas.

Uma questão de valorização

Manuel Jorge Valamatos, explicou também que “se a separação dos restos de comida não for feita, estes vão diretamente para o aterro sanitário. Sem separação não há valorização e consequente recuperação do valor destes resíduos, tornando o sistema de tratamento mais dispendioso. Por outro lado, não será possível alcançar as metas para a reciclagem do país, acordadas com a União Europeia. Quase metade dos resíduos que produzimos correspondem a restos alimentares com nutrientes e energia que podem e devem ser aproveitados, com a sua ajuda”.

“Mudar é preciso. Dê o exemplo”, continua a ser o apelo dos SMA que, ao longo dos últimos anos, tem vindo a sensibilizar para a correta utilização dos caixotes do lixo. Com a chegada do contentor castanho, a separação dos biorresíduos é agora possível.

Os SMA lembram ainda que “esta ação em conjunto com as mais diversas campanhas de separação do lixo e respetiva reciclagem, ajuda a tornar o tratamento mais económico tanto para o consumidor como para os SMA”.

Esta campanha está a ser desenvolvida pelos Serviços Municipalizados de Abrantes com o apoio do POSEUR e do Fundo Ambiental, num investimento total de cerca de 550 mil euros.

Campanha em número:

3 freguesias nesta fase inicial

3 trabalhadores a trabalhar diariamente nesta recolha

1 viatura nova de recolha com sistema de lavagem

700 contentores castanhos de rua a colocar nas 3 freguesias

14 mil baldes de 7 litros a distribuir gratuitamente

100 baldes de 120 litros a distribuir gratuitamente nos restaurantes, refeitórios, IPSS

550 mil euros de investimento

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