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Município Abrantes
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SMA querem abastecer todo o sul do concelho a pensar no futuro

13/11/2018 às 00:00

Os Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA) continuam com a sua missão de levar a água da Barragem de Castelo Bode ao sul do concelho. O investimento global, nesta fase de obra, ronda os 3 ME e a preocupação é garantir a qualidade e a quantidade de água que chega às torneiras de todos os cidadãos abrantinos.

Manuel Jorge Valamatos, presidente do conselho de administração dos SMA e também vereador na Câmara de Abrantes, explica que esta grande intervenção já foi iniciada há mais de um ano e que num primeiro momento, o objetivo foi garantir a passagem da água do Castelo Bode no rio Tejo e colocá-la na margem sul do concelho.

Atualmente, o objetivo é começar a trabalhar o abastecimento no sul do concelho e o vereador explica porquê: “O sul do concelho é abastecido por muitos drenos, muitos furos, muitas captações e são muitos pequenos sistemas que com o passar dos anos, com as condições climatéricas, vão apresentando algumas fragilidades”.

“Houve sempre a preocupação de trabalhar o futuro. Nos SMA tivemos sempre uma agenda para o futuro ainda mais porque esta questão da água e as questões ambientais, estão cada vez mais na ordem do dia. É um problema dos nossos dias e que vai estar seguramente no pensamento e nas conversas de todos num futuro bem próximo e é um facto que as fragilidades nos sistemas a sul do concelho começam a ser constantes”, salientou.

Quanto à obra propriamente dita, os SMA têm “em mãos” dois projetos em execução: “Depois da passagem da água [de Castelo Bode] no açude, iniciámos o projeto em Vale das Donas, para levar a água para o Tramagal e Crucifixo, num investimento na ordem dos 800 mil euros”.

“Depois, temos outra empreitada que vai desde o Vale das Donas, até Concavada e Alvega, num investimento de cerca de 2ME e 200 mil euros, com um apoio comunitário (POSEUR) na ordem dos 80%, que foi crucial para que os SMA dessem continuidade a este grande projeto”. Nesta fase da obra, “a freguesia de Rossio ao Sul do Tejo e São Miguel do Rio Torto já fica abrangida”, explicou o presidente daquela entidade.

Após a conclusão destas obras e numa terceira fase, os SMA pretendem “fazer chegar a água até à freguesia de São Facundo e Vale das Mós e também de Bemposta. Há uma zona que nos preocupa que é as Mouriscas. Queremos ver se o projeto de levar a água a Alvega permite depois projetar a água para as Mouriscas”, fez notar o responsável, dando conta que até ao final deste mandato, os SMA pretendem ter o sul do concelho todo abrangido e a questão de Mouriscas resolvida.

A obra é complexa e conta com maquinaria bastante pesada, pois “são tubagens muito pesadas e de grandes dimensões, que ficam a 2 metros de profundida, e que percorrem muitos quilómetros. Esta obra não é visível porque ela passa sobretudo por estradas rurais, no meio do mato e as pessoas acabam por não observar estas grandes intervenções”, contou.

 

Maris Marques, Chefe de Divisão, Manuel Jorge Valamatos, presidente SMA e João Cerejo, engenheiro do SMA

“Estamos a construir o nosso futuro, criando condições para que as pessoas nunca possam a vir a ficar sem água” -  Manuel Jorge Valamatos

“Garantir soluções credíveis para o futuro”, é o objetivo dos SMA e para o seu presidente “nada melhor do que trazer a água de Castelo de Bode, enquanto bacia hidrográfica enorme e de excelente qualidade que temos no país e até na Europa, para o sul do concelho, pois falamos de uma garantia de qualidade e quantidade”.

“Nós há muitos anos fizemos uma estação de tratamento de água na Cabeça Gorda, localizada na União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto e na Carreira do Mato, onde temos uma estação de tratamento e de distribuição e onde aproveitamos todas essas infraestruturas para a realização deste projeto sendo que já há muitos anos vislumbrávamos esta possibilidade de levar a água ao sul do concelho”, acrescentou.

Segundo avançou o presidente dos SMA, apesar desta intervenção com a água de Castelo Bode, “os pequenos sistemas vão continuar a funcionar porque por exemplo, a água do Vale das Donas é uma água com bastante qualidade e vai continuar a abastecer, mas com este novo abastecimento temos uma salvaguarda para o caso de existirem futuros problemas, como a falta de água”.

“Esta obra é muito importante, porque para além de aumentar a quantidade e a qualidade da água, é uma questão de segurança. Estamos a construir o nosso futuro, criando condições para que as pessoas nunca possam a vir a ficar sem água”, salientou.

Por último, Manuel Valamatos realçou que esta intervenção “resulta do esforço de todos os abrantinos que pagam as suas tarifas da água. Muitas vezes, Abrantes é apelidada como o concelho que mais paga taxas em relação aos outros, mas o que é certo é que Abrantes hoje ao nível do abastecimento está mais robusta e com melhores condições e estruturas. E, neste momento, estamos preparados para não voltar a subir as tarifas da água, uma vez que, nos últimos anos houve grande um esforço para garantir esta solidez e robustez”.

Caso seja possível atingir o objetivo de levar a água de Castelo Bode ao sul do concelho de Abrantes, os SMA concretizam um grande “sonho de vários conselhos de administração que passaram por ali”, finalizou.

Joana Margarida Carvalho

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