O chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, decidiu transferir o material militar atualmente nos Paióis Nacionais de Tancos, Santarém, para outros paióis, anunciou ontem o ramo.
Em comunicado, o Exército referiu que a decisão foi tomada na sequência das averiguações internas ao furto de material de guerra detetado no final de junho em Tancos, “nas áreas técnica, segurança física, controlo de acessos e vigilância eletrónica”.
A transferência do material para “outros paióis” foi decidida face à “obrigatoriedade de salvaguardar informação classificada de natureza estritamente militar”, acrescenta o Exército, no comunicado.
Uma das possibilidades em análise é a transferência para o paiol das instalações militares de Santa Margarida, disse à Lusa fonte militar.
Contudo, e caso seja necessário, está em cima da mesa a possibilidade de transferir parte do material militar atualmente armazenado em Tancos para paióis dos outros dois ramos militares – Marinha e Força Aérea, disse a mesma fonte.
“A prioridade será Santa Margarida, mas houve abertura da parte dos outros ramos para, caso seja necessário, transferir algum daquele material”, disse o porta-voz do ramo, tenente-coronel Vicente Pereira.
Quanto ao destino a dar aos paióis nacionais de Tancos, ainda está em estudo, acrescentou.
O furto de material de guerra nos Paióis Nacionais de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, foi divulgado pelo Exército no dia 29 de junho.
Granadas de mão, granadas foguete anticarro, de gás lacrimogéneo e explosivos estavam entre o material de guerra furtado.
No passado dia 11, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, revelou que os lança-foguete furtados “provavelmente” não teriam condições de serem usados com eficácia já que estavam indicados para abate.
Lusa