Foi na passada sexta feira, dia 08 de julho, que foi apresentado o projeto “Tudo como dantes. Quartel General em Abrantes”, um audiowalk que decorre pelas ruas da cidade de Abrantes e que está disponível na primeira paragem do percurso, a Biblioteca Municipal António Botto.
A “plena capela”, atual biblioteca municipal que surgiu “em 1993 como uma requalificação”, relata o vereador da Câmara Municipal de Abrantes, Luís Filipe Dias, é um dos oito pontos deste percurso. Os outros sete são, nada mais nada menos que, a Igreja da Misericórdia, da Rua D. Nuno Álvares Pereira à Rua da Barca subindo assim para o Outeiro de S. Pedro e sucessivamente para o Coreto no Jardim do Castelo, daqui os caminhos levam até ao teatro S. Pedro, seguido da Casa Falcão na Praça Raimundo Soares e tem a sua última paragem na Praça Barão da Batalha.
“O processo muito simples”, para o modus operandi deste audiowalk é apenas necessário “ter um telemóvel com QRcode Scanner”, “abre o link” e vai ter a uma página que “dá uma música” e é só dar play.
Luís Dias, explica que este é um projeto que “envolve aqui os três municípios” e que é por este motivo que “nasceram os caminhos literários”. O percurso com audiowalk é uma transposição “para um percurso turismo, portanto, uma lógica de atração” e sucessivamente para que quem visite Abrantes, “tenha aqui um conteúdo diferenciador”. Este projeto “não é algo que seja inovador no país”, mas é algo que “traz alguma singularidade para o nosso território”.
Atualmente o percurso conta com oito pontos de referência, mas que “amanhã podem ser 16”, Luís Dias continua por dizer que “há muitos elementos patrimoniais, materiais ou imateriais para interpretar”.
Luís Filipe Dias, vereador CM Abrantes
Ricardo Correia, organizador e criador deste projeto descreve o percurso como sendo “um percurso sonoro que fazemos pelas ruas de Abrantes” e pede a que as pessoas acompanhem este audiowalk como quem “se adentra numa cidade e começa a conhecer o que está para além”. Continua por esclarecer que as histórias ouvidas no audiowalk foram recolhidas por quem vive na cidade, em especial, por membros do grupo de teatro “Palha de Abrantes”.
“Eu sou uma das pessoas que conhece menos de Abrantes”, conta Ricardo Correia que confessa que esta foi uma descoberta da cidade. “Sabia que Gil Vicente tinha feito aqui a pregação, mas havia imensas coisas que não conhecia”. Foi com alguns abrantinos, que lhe foram contando histórias e apresentando a cidade, que o criador do projeto escreveu os textos do audiowalk.
Concluiu que “a paisagem sonora” acaba por permitir “entrar num estado mais imersivo da caminhada”.
Ricardo Correia
É uma descoberta muito simples. Basta levar um smartphone com dados moveis, com a aplicação de leitor de códigos QR e uns auscultadores. Pode começar na Biblioteca Municipal António Botto e partir à descoberta dos oito locais a visitar num percurso totalmente citadino.
Maria Francisca Carvalho
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