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Vila de Rei: Vila de Rei: 736 anos de concelho comemorados com atribuição de apoios (C/ FOTOS)

20/09/2021 às 18:05

Este domingo, dia 19 de setembro, Vila de Rei comemorou os 736 anos de Foral atribuído por D. Dinis, que ergueu Vila de Rei a Concelho em 1285.

O Hino de Portugal fez-se ouvir no hastear das bandeiras nos Paços do Concelho, entoado pela Villa d'el Rei Tuna.

 

A cerimónia, que se realizou no Parque Multiusos de Vila de Rei, contou com a presença do presidente da Assembleia Municipal de Vila de Rei, Paulo Brito, e do presidente da Autarquia vilarregense, Ricardo Aires.

Paulo Brito, presidente da Assembleia Municipal, começou por afirmar que “fazer 736 anos é qualquer coisa de extraordinário e que significam que nos deram uma oportunidade de também nós podermos definir o nosso trajeto e o nosso caminho, definir as nossas ideias e os nossos projetos. E definir para onde queremos ir depende de nós”.

Olhando para a sala multiusos do Parque de Feiras repleta de gente, “enche-nos de esperança porque estão aqui todos aqueles que nasceram este ano, estão os casais, está a juventude”.

O presidente da Assembleia Municipal de Vila de Rei focou depois o seu discurso na sustentabilidade. Falou dos tempos difíceis durante a pandemia mas acrescentou que, desta situação, “há uma coisa importante e que é positiva: grande parte do país percebeu que o futuro e a sustentabilidade está aqui, no interior do país. Nós é que somos a verdadeira sustentabilidade deste país”.

Paulo Brito referiu que “é aqui que está a nossa maior riqueza, aquilo que temos, que é a nossa floresta, o nosso verde. Somos nós que estamos a contribuir para o aumento da sustentabilidade em termos ambientais e também ao nível social. Viver no interior do país é bom, é saudável, temos qualidade de vida”.

Também “a quantidade de apoios que o interior do país dá às pessoas para se poderem instalar tem vindo a crescer nos últimos anos, o que é extraordinário”. O presidente da Assembleia Municipal adiantou que “finalmente, o país começou a perceber que tem muito mais interesse, muito mais qualidade e muito mais sustentabilidade se uma parte significativa de nós vier viver para este interior. E Vila de Rei tem sido um exemplo, podemo-nos orgulhar disso, dessa qualidade de vida, dessa sustentabilidade social e ambiental”.

Para o futuro, Paulo Brito acrescentou que “temos que melhorar a nossa sustentabilidade económica”, referindo as oportunidade que aí vêm com o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e com o programa Portugal 2030. “Temos que aproveitar essas dinâmicas que estão a ser criadas e Vila de Rei, com as suas gentes, com o conhecimento que temos e esta esperança que está aqui. Temos todas as capacidades para o fazer e aumentar este terceiro pilar da sustentabilidade económica para continuarmos esta senda de crescimento”.

 

Ricardo Aires, presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, iniciou o seu discurso afirmando que “os nossos dias são baluartes para olhar com confiança os desafios do presente e do futuro porque os vivemos com sentido de empenhamento na terra em que vivemos e trabalhamos”.

Querer “fazer mais e melhor” é o desejo do presidente que falou depois nos tempos de pandemia vividos pela Autarquia e dos apoios concedidos, apelando ainda aos vilarregenses para continuarem a cumprir as normas implementadas pela DGS. Agradeceu aos restantes órgãos autárquicos “pela cooperação que sempre manifestaram”.

Ricardo Aires referiu-se aos apoios dados na educação, nomeadamente na atribuição de Bolsas de Estudo onde, desde o ano letivo 2017/2018, foram investidos 72.900 euros. No ano de 2020/2021 foram atribuídas 34 Bolsas, no valor de 21.500 euros.

“Pretendemos reconhecer o esforço, trabalho, empenho, dedicação e excelência escolar dos nossos estudantes, fornecendo os meios que vão contribuir para uma melhoria das suas competências pessoais e sociais”, disse.

Já no que diz respeito ao apoio à fixação de população jovem no concelho, o Município iniciou o apoio em 2000, com efeitos retroativos em 1998. Ao longo dos últimos anos, foram já atribuídos 171.750 euros, sendo que em 2020 foram 40 os apoios concedidos, num valor de 53.750 euros. O autarca deixou “a garantia de que vamos continuar a dar o nosso melhor para que Vila de Rei continue a ser um concelho onde dá gosto viver, um concelho que sabe inovar, um concelho solidário, criativo e inclusivo”.

 

A iniciativa foi então marcada pela entrega dos Apoios à Fixação da População Jovem no concelho de Vila de Rei, Bolsas de Estudo e Mérito ao Ensino Superior, Bolsas de Mérito do Percurso Escolar, e Bolsas de Permanência Vila de Rei +, medida esta que visa premiar os alunos que completem o seu percurso escolar no Agrupamento de Escolas de Vila de Rei.

O Município voltou, desta forma, a apoiar as pessoas que iniciaram a sua vida conjugal e/ou constituíram família recentemente no concelho de Vila de Rei, atribuindo, este ano, sete subsídios de apoio ao casamento/união de fato, 21 de apoio ao nascimento e 12 de apoio à fixação de residência.

Foram também entregues duas Bolsas de Mérito ao Ensino Superior, oito Bolsas de Estudo ao Ensino Superior, 15 Bolsas de Mérito do Percurso Escolar, e nove Bolsas de Permanência Vila de Rei +.

De seguida houve lugar à entrega da Medalha de Mérito Municipal às Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria – Comunidade de Vila de Rei, e à Cáritas Diocesana de Portalegre - Castelo Branco.

A comunidade de Vila de Rei das Franciscanas Missionárias de Maria foi agraciada com esta distinção pela importância do seu trabalho junto da comunidade mais idosa, nomeadamente junto das IPSSs com apoio espiritual, celebração da palavra e de alguns sacramentos. Ao longo dos anos em que prestam serviço em Vila de Rei, desde 1974, esta congregação desenvolveu ainda trabalhos diversos, como serviços de enfermagem, reuniões de apoio a Alcoólicos Anónimos, entre outros.

 

A Cáritas Diocesana de Portalegre – Castelo Branco recebeu igualmente esta importante distinção, devido à cooperação ativa com o Município de Vila de Rei, com destaque para a intervenção na resposta às vítimas dos fogos florestais que têm fustigado o Concelho. De destacar os apoios específicos após os incêndios de 2003, 2017 e 2019 na recuperação de habitações ardidas, aquisição de rações para animais, cercas e aramadas e a aquisição de diversos bens (como mobiliário, eletrodomésticos, roupa de cama, entre outros) que ascenderam a um total de 129.078,47 euros.

 

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