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Covid-19: Covid-19: ACES Lezíria vai criar mais três centros de vacinação em Almeirim, Cartaxo e Salvaterra

26/02/2021 às 18:17

Os concelhos de Almeirim, Cartaxo e Salvaterra de Magos vão ter centros de vacinação semelhantes aos criados em Santarém e em Coruche, na previsão do aumento substancial do número de vacinas a partir do segundo trimestre do ano.

O diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Lezíria, Carlos Ferreira, disse hoje à Lusa que a experiência iniciada no passado dia 15 em Santarém e em Coruche, com a vacinação da população prioritária a decorrer num local criado especificamente para esse fim, está a correr “muito bem” e vai ser replicada.

Assim, para 15 de março, está prevista a abertura de mais três centros de vacinação, em espaços situados fora dos centros de saúde, em Almeirim, Salvaterra de Magos e Cartaxo, na previsão da necessidade de aumentar o ritmo de aplicação das vacinas, disse.

A exemplo do que acontece na Casa do Campino, em Santarém, onde foi montada uma estrutura que permite atualmente a vacinação simultânea de seis pessoas, com possibilidade de alargamento até às 12, e no pavilhão municipal de Coruche, em Almeirim vai ser criado um espaço idêntico na base da Força Especial da Proteção Civil, em Salvaterra de Magos no antigo pavilhão do INATEL e no Cartaxo num local que será decidido na próxima segunda-feira, adiantou.

Carlos Ferreira afirmou que a vacinação na área abrangida pelo ACES Lezíria – que serve os concelhos de Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém – “está a correr muito bem, em termos da população”.

A “grande dificuldade” surge na realização das convocatórias, tendo em conta que a informação sobre a quantidade e o tipo de vacina destinadas ao ACES chega “em cima”, o que não permite optar pelo envio de SMS, estando administrativos e enfermeiros a ligar diretamente para os contactos constantes das fichas.

Até ao momento, foram realizadas nesta região 15.000 inoculações, cerca de 5.000 das quais já com duas doses (relativas às estruturas residenciais para idosos e profissionais de saúde) e outras 5.000 aplicadas ao grupo populacional com 50 ou mais anos e comorbilidades e com 80 ou mais anos.

Na área abrangida pelo ACES Lezíria foram contabilizados 12.300 utentes com 50 ou mais anos e pelo menos uma das quatro doenças identificadas como de risco, incluindo este grupo as pessoas com mais de 80 anos com comorbilidades.

No total, estão identificadas 16.468 pessoas com 80 e mais anos no ACES Lezíria (número que inclui os idosos em lares e os que padecem de doenças), sendo 6.050 homens e 10.432 mulheres.

Carlos Ferreira afirmou que alguns concelhos, como é o caso de Coruche, já vacinaram todas as pessoas com idades entre os 50 e os 65 anos e com comorbilidades referenciadas, salientando que a vacina da Astrazeneca só está a ser aplicada a pessoas com idades até aos 65 anos, pelo que seria bom poder alargar a aplicação desta vacina à população em geral.

Quanto aos grupos das forças de proteção civil e de segurança, o coordenador do ACES Lezíria afirmou que no próximo dia 06 de março vão ser vacinados cerca de uma dezena de bombeiros que ainda não receberam a vacina por terem de o fazer em contexto hospitalar, devido a doenças que carecem de maiores cuidados, sendo que se deslocará uma equipa ao Hospital de Santarém para proceder a essa vacinação.

Na próxima terça-feira serão igualmente vacinados os elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) que ainda não receberam a vacina, adiantou.

Questionado sobre a planificação para a próxima semana, Carlos Ferreira afirmou estar a aguardar orientações.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.508.786 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.243 pessoas dos 802.773 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Lusa 

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