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Pandemia: Covid-19: Hospital de Santarém realizou mais de 30.000 testes e vai iniciar técnica mais rápida

4/03/2021 às 18:00

O Serviço de Patologia Clínica do Hospital de Santarém realizou mais de 30.000 testes de diagnóstico à covid-19 num ano, num investimento superior a 1,1 milhões de euros, prevendo iniciar em breve uma técnica mais rápida.

Em comunicado hoje divulgado, o Hospital Distrital de Santarém (HDS) afirma que o seu Serviço de Patologia Clínica passou de uma média diária de realização de 96 testes, em março de 2020, para os 300.

Citando a diretora deste serviço, Isabel Padroso, a nota indica que está prevista, para breve, a utilização de mais uma técnica imunológica para pesquisa de antigénio (ensaio de imunoabsorção enzimática), automatizada, que permite ter o resultado validado 15 minutos após a recolha da amostra, com envio informático direto para a ficha do doente.

“Se for positivo, isso significa que o doente está infetado pela covid-19. Quando é negativo, deverá realizar-se o teste PCR”, afirma Isabel Padroso, salientando as vantagens económicas da técnica e também a diminuição do trabalho administrativo e do tempo de obtenção dos resultados.

Isabel Padroso integra, desde 1995, o Serviço de Patologia Clínica do HDS, liderando a área da Imunologia e Biologia Molecular, função que acumula desde julho de 2020 com a da direção.

Referindo-se à chegada do novo coronavírus como um “tsunami”, a responsável recorda que, a exemplo do que acontece a nível nacional, também no HDS se sentiu, desde o início, a escassez de reagentes para o diagnóstico do SARS-CoV2 (Biologia Molecular) e de material consumível (como tubos, placas e pontas de pipetas automáticas) para a realização dos testes.

“Como a maioria dos profissionais precisava de formação para a execução das técnicas de PCR-RT clássica, necessárias para o diagnóstico da covid-19, a opção inicial foi começar por fazer testes rápidos (Biologia Molecular)”, afirma a nota.

Com a diminuição progressiva do número de testes rápidos vendidos ao hospital e a necessidade de responder às necessidades dos doentes, em junho de 2020, foi novamente implementada a PCR clássica, tendo-se realizado, no total, cerca de 2.500 testes rápidos, refere.

O HDS, que realiza testes de Biologia Molecular clássica (PCR-RT) para o diagnóstico de carga viral dos HIV1 e HCV desde 1997, foi automatizando gradualmente este processo.

“Atualmente, para esses testes, a extração é totalmente automática e a amplificação e deteção também”, afirmou Isabel Padroso, salientando que à sua equipa se juntaram mais uma médica especialista, quatro técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT) e dois assistentes operacionais.

“Além dos doentes com covid-19 propriamente ditos, é preciso fazer testes de diagnóstico aos doentes da pré-quimioterapia, antes de exames, pré-operatórios, às grávidas e aos acompanhantes das crianças”, sublinha a diretora do serviço.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.560.789 mortos no mundo, resultantes de mais de 115,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.458 pessoas dos 807.456 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Lusa

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