No dia em que Portugal voltou a bater o recorde de novos contágios pelo SARS-CoV-2 [26 867] o Médio Tejo teve um registo de mais de meio milhar de testes positivos ao coronavírus. De notar que neste dia apenas o concelho de Constância não registou qualquer caso positivo.
Assim sendo com mais 536 novos infetados, desde que começou a pandemia que a Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo (USPMT) tem um total acumulado de 22 047 pessoas que contraíram a infeção.
Naturalmente que para estes valores contribuem diversos fatores tal como no país. Desde o aumento de contactos, a uma variante Ómicron mais virulenta, contundo menos grave, assim como a “corrida” aos testes, que continua a acontecer.
Os laboratórios detetaram estes 536 casos reportados pela saúde pública em Abrantes (61), Alcanena (41), Entroncamento (50), Ferreira do Zêzere (34), Mação (17), Ourém (142), Sardoal (5), Tomar (76), Torres Novas (96) e Vila Nova da Barquinha (14).
De acordo com a última atualização geral de dados da região há 423 óbitos relacionados com o coronavírus e 18 783 pessoas que recuperaram da infeção provocada pelo SARS-CoV-2.
O número de casos ativos é neste dia 29 de dezembro de 2 841 localizados em Abrantes (279), Alcanena (128), Constância (38), Entroncamento (252), Ferreira do Zêzere (169), Mação (52), Ourém (748), Sardoal (31), Tomar (593), Torres Novas (381) e Vila Nova da Barquinha (70).
No que diz respeito a vigilâncias ativas, ou seja, pessoas que têm de ficar em confinamento porque contactaram diretamente com infetados, há nesta quarta-feira, menos 18 pessoas que têm de ficar em confinamento. Desde março de 2020 a USPMT já decretou confinamento a 14 478 pessoas e levantou esse confinamento a 13 076.
As 1 377 pessoas em confinamento estão localizadas em Abrantes (222), Alcanena (157), Constância (11), Entroncamento (86), Ferreira do Zêzere (64), Mação (173), Ourém (120), Sardoal (30), Tomar (179), Torres Novas (319) e Vila Nova da Barquinha (16).
O Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT) é, desde segunda-feira passada, a primeira instituição do SNS com a deteção da variante Ómicron, baseada na deteção de quatro mutações por biologia molecular, validada pelo INSA – Instituto Nacional de Saúde Pública Ricardo Jorge.
No âmbito desta certificação pioneira, alicerçada nos investimentos efetuados no reforço da capacidade laboratorial para resposta à pandemia COVID-19 e na formação de diferenciação técnica dos profissionais do Serviço de Patologia Clínica da instituição, o CHMT conclui que a variante Ómicron é responsável pela quase totalidade dos novos casos COVID-19 da região do Médio Tejo.
De facto, entre 26 e 27 de dezembro, a variante Ómicron já representava 92,3% dos casos analisados pelo Laboratório do Serviço de Patologia Clínica do CHMT. Na última quinzena, de 12 a 27 de dezembro, foram detetados pelo CHMT um total de 172 casos da variante Ómicron. De acordo com o levantamento de dados efetuado pelo CHMT, a variante Ómicron tornou-se a predominante na região do Médio Tejo a partir de dia 20 de dezembro, quando ultrapassou os casos da variante Delta.
Os dados compilados pelo Laboratório do Serviço de Patologia Clínica do CHMT evidenciam exponencial progressão da nova estirpe de COVID-19 na região do Médio Tejo. Na semana de 12 a 18 de dezembro, os casos de Ómicron representavam 18,6%, na semana seguinte já absorviam uma fatia de 63,1% dos casos analisados, atingindo uma percentagem de 93,3% nos dias 26 e 27 de dezembro. O CHMT tem a reportar apenas um caso de um doente internado em cuidados intensivos com a nova estirpe da COVID-19.
Da análise do CHMT sobre os casos positivos à COVID-19 da região do Médio-Tejo, uma maioria dos contágios (60%) ocorre nos menores de quarenta anos. Uma fatia 14% dos casos ocorreram em utentes com idade superior a 60 anos e há apenas 2,9% de casos positivos na faixa etária superior aos 80 anos.
Portugal registou hoje 26.867 novas infeções com o coronavírus SARS-CoV-2, um novo máximo desde o início da pandemia, e mais 12 mortes associadas à covid-19, indicam números divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
O boletim epidemiológico diário da DGS regista também um novo aumento do número de pessoas internadas, contabilizando hoje 971 internamentos, mais 35 do que na terça-feira, 151 em unidades de cuidados intensivos, menos um nas últimas 24 horas.
Os casos ativos voltaram a aumentar nas últimas 24 horas, totalizando 136.020, mais 21.479 do que na terça-feira, e recuperaram da doença 5.376 pessoas, o que aumenta o total nacional de recuperados para 1.175.217.
Comparativamente com a situação registada em Portugal no mesmo dia há um ano, o país tem hoje mais 23.531 novos casos de infeção (contabilizaram-se 3.336 novos casos a 29 de dezembro de 2020) e mais 70.569 casos ativos (há um ano totalizavam 65.457).
O número de internamentos é significativamente inferior, uma vez que há um ano estavam internadas 2.930 pessoas, 486 das quais em cuidados intensivos, havendo também menos óbitos (no mesmo dia, o boletim da DGS contabilizava 74 mortes nas 24 horas anteriores).