O Médio Tejo registou esta terça-feira mais dois novos infetados com o coronavírus elevando o total acumulado da região para 12 827 casos positivos desde que começou a pandemia. O relatório desta terça-feira dá ainda conta de mais 61 recuperados e três óbitos o que atualiza o número de casos ativos nos 54.
Os novos casos foram registados pelos laboratórios em Abrantes e em Ourém.
Já os óbitos subiram para 378 com o registo de mais três pessoas que faleceram derivado à Covid-19 em Alcanena, Entroncamento e Tomar.
De acordo com a Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo o sistema de saúde familiar faz hoje uma atualização de mais 61 recuperados da infeção com o SARS-CoV-2, pelo que o total de recuperados é agora de 12 395. Os recuperados estão registados em Abrantes (19), Alcanena (1), Entroncamento (9), Mação (2), Ourém (2), Tomar (12), Torres Novas (12) e Vila Nova da Barquinha (4).
Com os números desta terça-feira a região tem agora 54 casos ativos em Abrantes (27), Alcanena (2), Entroncamento (3), Mação (4), Ourém (7), Tomar (10) e Torres Novas (1). Os concelhos de Constância, Ferreira do Zêzere, Sardoal e Vila Nova da Barquinha não têm qualquer caso ativo.
Já no que diz respeito às vigilâncias ativas os números voltam aos registados no início de fevereiro com 264 pessoas em confinamento por serem contactos de infetados. Estes números são inflacionados pelos concelhos de Abrantes (73) e Entroncamento (132) que têm casos ligados a escolas. As outras vigilâncias ativas estão localizadas em Alcanena (4), Constância (3), Ferreira do Zêzere (1), Mação (3), Ourém (12), Sardoal (1), Tomar (22) e Torres Novas (13). Apenas Vila Nova da Barquinha não tem qualquer cidadão em confinamento.
Abrantes com 88 casos por 100 mil habitantes
No Médio Tejo o concelho de Abrantes é o que apresenta mais preocupação neste momento derivado da fórmula de análise dos concelhos. De acordo com os dados de 5 a 18 de abril o concelho de Abrantes tem um registo de 88 casos por 100 mil habitantes.
Maria dos Anjos Esperança, coordenadora da Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo, deixa o apelo aos habitantes de Abrantes para terem cuidado uma vez que com 120 casos por 100 mil habitantes andamos um passo para trás no desconfinamento, ou seja, fecham as lojas com menos de 200 m2 e os restaurantes só podem fazer serviço de esplanada, por exemplo. E se o índice for superior a 240 casos por 100 mil habitantes a regressão ainda é maior, ou seja, passa a haver apenas a chamada venda ao postigo.
Maria dos Anjos Esperança deixou ainda as explicações dos casos das escolas de Abrantes onde alguns casos colocam centenas de alunos em testes ou em confinamento. Por outro lado, a coordenadora da Unidade de Saúde Pública revela que a norma, neste momento, aponta para um cerco mais apertado no confinamento para conter eventuais progressões nos surtos.
Dando como exemplo o caso mais recente da Escola António Torrado em que um familiar de duas crianças, uma do pré-escolar e outra do 3.º ano, testou positivo e a norma é colocar as duas turmas em confinamento.
A delegada de saúde deu outro exemplo da escola de Chainça em que um aluno positivo levou à decisão de confinamento de duas turmas e à realização de testes a toda a comunidade daquela escola amanhã.
Maria dos Anjos Esperança
Quando à análise da última semana no Médio Tejo, de notar que dos 46 casos registados 52% são do sexo feminino e que a faixa etária com mais casos anotados é entre os 41 e os 50 anos (11), seguindo-se a faixa dos 31 aos 40 anos (8) e depois os escalões dos 51 aos 60 e dos 61 aos 70 anos de idade (6). Como há casos em escolas a faixa etária dos 11 aos 20 e abaixo dos 10 anos registam cinco casos cada.
De referir ainda que Abrantes é o concelho com mais casos registados (23), seguindo-se Tomar (9) e Ourém (6).