O Governo decretou o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana, a partir de segunda-feira e até 23 de novembro, nos 121 municípios mais afetados pela pandemia, anunciou hoje o primeiro-ministro.
O executivo determinou ainda que, ao fim de semana, o recolher obrigatório inicia-se a partir das 13:00 nos mesmos 121 concelhos.
"Temos a nítida noção de que o convívio social tem um contributo muito importante para a disseminação" do contágio e que a propagação se desenvolve no período pós laboral, afirmou António Costa, que falava após a meia-noite, no final da reunião do Conselho de Ministros extraordinário, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, para concretizar as medidas do estado de emergência que vai vigorar entre segunda-feira, dia 09, e 23 de novembro.
A medida foi anunciada no dia em que Portugal voltou a atingir um novo máximo de casos diários de covid-19 ao contabilizar mais 6.640 infeções nas últimas 24 horas, e registou 56 óbitos no mesmo período, segundo a Direção-Geral da Saúde.
Covid-19: Liberdade de circulação limitada nas tardes e noites dos próximos dois fins de semana
A circulação estará limitada nos próximos dois fins de semana entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira nos 121 concelhos de maior risco de contágio.
Segundo anunciou hoje o primeiro-ministro no final de um Conselho de Ministros extraordinário para tomar medidas no âmbito do estado de emergência decretado devido à pandemia de covid-19, “haverá liberdade de circulação nas manhãs de sábado e de domingo”.
A “limitação da liberdade de circulação” vigorará entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira nos fins de semana de 14 e 15 de novembro e de 21 e 22 de novembro.
O Governo decretou também o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana, a partir de segunda-feira e até 23 de novembro, nos 121 municípios mais afetados pela pandemia.
Covid-19: Costa defende que se deve "fazer tudo" para controlar a pandemia
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que deve ser feito "tudo" para controlar a pandemia da covid-19, afirmando que as medidas tomadas até agora e os comportamentos não têm sido suficientes.
"Não podemos ter a menor dúvida de que tudo há que fazer para controlar a pandemia", assinalou o chefe do executivo num 'briefing' após o Conselho de Ministros extraordinário de sábado destinado a tomar medidas no âmbito do estado de emergência que se iniciará segunda-feira e terminará dia 23.
Costa justificou a novas medidas com o facto de ter havido hoje mais de 6.000 novos casos por dia e 2.420 pessoas internadas, 366 das quais nos cuidados intensivos.
Lusa