A doença respiratória covid-19, causada por um novo coronavírus, o SARS-CoV-2, detetado em dezembro de 2019 na China, foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma pandemia em 11 de março de 2020.
Na altura, o balanço saldava-se em mais de 118 mil casos de infeção em 114 países e 4.291 mortes. Portugal tinha 59 infetados.
Dois anos depois da declaração da covid-19 como uma pandemia, o número de mortos no mundo ultrapassa os seis milhões. Em Portugal contabilizam-se mais de 21 mil mortes e mais de três milhões de infetados.
Esta semana, a OMS advertiu que, apesar de as mortes e infeções estarem a diminuir à escala global, há muitos países na Ásia e no Pacífico com "surtos de casos e óbitos".
Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, a pandemia da covid-19 "está longe de acabar" e "não acabará em nenhum lugar até que acabe em todos os lugares".
Passados dois anos, com os números das infeções a estabilizarem no país, apesar do ainda elevado número de mortes diárias associadas à doença, fomos saber de como está a situação dos internamentos no Centro Hospitalar do Médio Tejo que tem no Hospital de Abrantes a área dedicada à Covid-19.
Casimiro Ramos, presidente do Conselho de Administração do CHMT, disse à Antena Livre que “a situação tem-se mantido em termos de infetados em enfermaria, desde há três semanas, entre 45 a 51 doentes infetados”.
“Bastante contrariados, vemos que não tem baixado, tem-se mantido”, revelou o presidente do Conselho de Administração do CHMT. No entanto, as boas notícias vêm dos Cuidados Intensivos que não têm tido nenhum doente Covid no serviço. “Há quase um mês que tivemos um doente ou dois nos Cuidados Intensivos”.
Casimiro Ramos adiantou que “infelizmente, surgem muitos casos de doentes que se deslocam ao hospital por uma outra patologia e ao ser testado é detetado o Covid e passa a estar internado, muitas das vezes, por ter Covid e não por causa daquilo que, na Urgência, seria tratado normalmente. E isso não tem baixado dos 50”.
O responsável assegurou estarem a acompanhar “a par e passo a situação”, com reuniões semanais com as direções dos serviços “para planearmos como vamos alocar os recursos em função da variação dos internados”. Isto porque, como explicou Casimiro Ramos, “estamos sempre na expetativa de baixar para poder libertar recursos, nomeadamente enfermeiros para outras enfermarias de forma a aumentar o atendimento e diminuir as listas de espera. É um puzzle que tem de ser jogado mas que, infelizmente, o Covid continua a não deixar”.
Casimiro Ramos, presidente do Conselho de Administração do CHMT