A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e a Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal-China assinaram esta segunda-feira, dia 25 de janeiro, um protocolo de cooperação.
Este protocolo tem como principal objetivo a promoção da internacionalização das empresas da região do Médio Tejo na China.
Anabela Freitas, presidente da CIM do Médio Tejo revelou as cinco prioridades para este acordo que prevê a procura e seleção, em cada país, de projetos e iniciativas que possam conduzir a ações de cooperação conjunta; a difusão e intercâmbio regular de informação sobre as atividades desenvolvidas por ambas instituições, bem como sobre programas e iniciativas que possam contribuir para o reforço da cooperação, através da manutenção atualizada de uma carteira de oportunidades existentes; o apoio à organização, promoção, divulgação e participação mútua em feiras e mostras, conferências temáticas bilaterais e ações de transferência de tecnologia/bolsas de contacto empresariais em áreas de interesse de acordo com a especialização produtiva da região; a participação em missões externas conjuntas cujos objetivos se enquadrem no presente protocolo de colaboração; a colaboração em ações que configurem oportunidades de penetração em mercados externos; e, por último, apoio ao desenvolvimento de projetos inovadores conjuntos de cooperação.
A Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal-China é uma estrutura muito recente, tem cerca de meio ano e representa a vontade de muitos empresários chineses em poderem abrir portas para o investimento em Portugal. Y Ping Chow, o presidente desta estrutura de negócios vincou a dificuldade que os empresários portugueses podem ter no acesso à China, porque são necessárias muitas viagens o que implica um grande investimento financeiro. Por outro lado, salientou o facto de muitos dos empresários chineses, proprietários de pequenas e médias empresas, poderem passar a ser investidores na região. Destacou o facto de muitos deles terem vistos gold, sendo que procuram Portugal para férias ou para colocar os filhos a estudar. E é aqui que se podem abrir muitas portas, disse Y Ping Chow.
E depois acrescentou que a cidade de Changchun tem cerca de sete milhões de habitantes. “Não é uma cidade de primeira, nem de segunda, mas tem sete milhões de habitantes e a presença de indústria pesada, na área da ferrovia e industria automóvel.
Y Ping Chow e Anabela Freitas assinaram o protocolo de colaboração
Anabela Freitas revelou depois que agora é começar a pensar em colocar o protocolo, na prática. Na área da CIM há que identificar os espaços em que é possível acolher investidores da China. Assinar o protocolo é fácil, mas agora é preciso dar passos seguros, que são dificultados pela pandemia. Y Ping Chow sugeriu a criação de um grupo de trabalho, reuniões mensais, para “definir o que é que a região tem, o que é que a região precisa e o que é que poderemos fazer para esta necessidade. Por outro lado, vou tentar convidar algumas empresas que estavam a fazer vistos Gold em Lisboa e Porto para poderem visita Tomar. É uma região bonita e ainda tem preços razoáveis”.
Anabela Freitas concluiu com a referência à Nersant, referindo que tem de integrar, desde o início, este processo.
Já o presidente da Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal-China vincou ainda a necessidade de aligeirar os processos de legalização dos emigrantes, apesar de reconhecer que não são difíceis podem ser mais facilitados, porque os chineses são muito empreendedores.
O protocolo de cooperação é valido por um período de dois anos. A aprovação deste protocolo de cooperação aconteceu na reunião do Conselho Intermunicipal da CIM do Médio Tejo, no passado dia 17 de dezembro, tendo sido manifestado, pelos autarcas da região, o interesse e mais-valias deste acordo de parceria.