O romance “A Esquina do Tempo”, de Jorge Fazenda, e as obras “Bendita Sejas” (poesia), de Sónia Pereira, e “Liceu de Abrantes” (não-ficção), de Joaquim Candeias e Martinho Gaspar, venceram a terceira edição do Prémio Literário do Médio Tejo.
Os vencedores, anunciados hoje, recebem um prémio monetário de 500 euros e as suas obras são editadas pela Médio Tejo Edições / Origami Livros, com distribuição nacional e lançamento na Feira do Livro de Lisboa, anunciou a editora com sede em Abrantes (distrito de Santarém).
As obras a concurso, de autores naturais ou descendentes de famílias de um dos 13 concelhos do Médio Tejo, ou a residir na região há mais de um ano, foram avaliadas por um júri presidido por António Matias Coelho, historiador e presidente da Associação Casa-Memória de Camões, em Constância, e que integra ainda a diretora da Biblioteca Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas, Margarida Teodora Trindade, e a diretora editorial da Médio Tejo Edições, a jornalista Patrícia Fonseca.
O prémio de romance foi atribuído à obra “A esquina do tempo”, de Jorge Fazenda, na categoria de Poesia foi distinguida “Bendita Sejas”, de Sónia Vieira Pereira, e na Não-ficção foi premiada a obra “Liceu de Abrantes – 50 anos de uma escola para todos”, de Joaquim Candeias da Silva e José Martinho Gaspar.
Segundo a editora, o Prémio Literário do Médio Tejo, que conta com o apoio do TorreShopping e da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, visa promover talentos regionais, tendo os trabalhos a concurso de ser inéditos.
Jorge Fazenda já havia recebido uma menção honrosa na primeira edição do prémio, tendo o júri distinguido a “escrita elegante, limpa e séria, mas com notas de um humor subtil e até um certo tom divertido que, a espaços, rompe com a gravidade da narrativa”, presente em “A Esquina do Tempo”.
Sobre a obra “Bendita Sejas”, de Sónia Vieira Pereira, o júri destaca a “poesia cristalina, melodiosa”, enquanto a obra de dois historiadores abrantinos, Joaquim Candeias da Silva e José Martinho Gaspar, sobre a história de 50 anos do Liceu de Abrantes, é considerada “um documento sólido, bem estruturado”, e um contributo “essencial para a história da cidade e de todos os que frequentaram este estabelecimento de ensino ao longo de várias décadas”.
A Médio Tejo Edições anunciou a abertura das candidaturas para a 4.ª edição do Prémio, “único na região”, frisando que, ”apesar de todas as dificuldades adicionais criadas pela pandemia da covid-19, é imperativo manter viva a cultura e criar espaço para celebrar o talento” dos autores da região.
Lusa