O prémio Nobel da Literatura de 2023 foi atribuído ao escritor norueguês Jon Fosse, anunciou hoje a Academia Sueca.
O galardão distinguiu o dramaturgo, ficcionista e poeta Fosse, de 64 anos, pelas suas “peças inovadoras e prosa que dá voz ao indizível”, segundo a justificação do prémio lida pelo secretário permanente do Comité Nobel, Mats Malm, numa cerimónia em Estocolmo.
Malm disse já ter falado com Fosse, que estava a conduzir pelo campo, a norte de Bergen, na Noruega, e tiveram oportunidade de discutir detalhes sobre a semana Nobel, em dezembro, quando os prémios são entregues.
“A sua imensa obra, escrita em norueguês e abrangendo uma série de géneros, consiste numa grande variedade de peças de teatros, romances, coleções poéticas, ensaios, livros para crianças e traduções. Apesar de ser um dos mais representados dramaturgos no mundo, também se tornou crescentemente reconhecido pela prosa”, acrescentou a justificação da organização do prémio.
Em Portugal, múltiplas das suas obras estão publicadas, com destaque para o trabalho feito pelos Artistas Unidos, que desde 2000 encenam as suas peças, a começar com “Vai Vir Alguém”, levada ao palco por Solveig Nordlund.
Nos Livrinhos de Teatro, dos Artistas Unidos e da editora Cotovia, estão publicadas “A Noite Canta os seus Cantos”, “Inverno”, “Lilás”, “Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices”, e “Sou o Vento/Sono/O Homem da Guitarra”.
Entre outras edições, a Cavalo de Ferro tem vindo a publicar a prosa de Fosse, com destaque para “Trilogia” (2022) e “Septologia I-II” (2022).
O Nobel da Literatura é um prémio concedido anualmente, desde 1901, pela Academia Sueca a autores que fizeram notáveis contribuições ao campo da literatura, e tem um valor pecuniário superior a 900 mil euros.
Lusa