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Pedro Duque, 51 anos, é a aposta do PS para recuperar a presidência da Câmara de Sardoal. A decisão foi unânime e o atual vereador da oposição, que avança para a terceira candidatura consecutiva, quer inverter os resultados de 2021, em que perdeu por 34 votos.
A apresentação do cabeça de lista juntou militantes e apoiantes do PS para ouvir as primeiras palavras e linhas orientadoras da candidatura, que promete apresentar as listas aos vários órgãos autárquicos, Câmara, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia.
E na primeira pessoa o candidato vincou a experiência acumulada dos últimos anos, “mas o entusiasmo e motivação é a mesma do início.” Pedro Duque aludiu depois ao grupo que está a juntar à sua volta um grupo de pessoas forte com experiência autárquicas e associativa. E, logo de seguida, disse que uma das prioridades do PS, nesta altura, é “ouvir os sardoalenses e ouvir muito os sardoalenses anónimos.”
Depois o candidato abriu a porta do diagnóstico político do concelho ao dizer que “o Sardoal não está melhor. Parou no tempo, perdeu população, perdeu riqueza, perdeu fulgor e cor.” E destacou aqueles que considera ser os três maiores problemas: Barragem da Lapa, Plano Diretor Municipal (PDM) e Casa Grande.
Pedro Duque, cabeça de lista PS
O candidatou à liderança do Município disse que o Sardoal apresenta dos indicadores mais baixos de população e riqueza, que a atividade empresarial baixou e que é o Município é o grande empregador. “Em 12 anos o município recebeu 70 milhões de euros. Onde e que este dinheiro foi gasto” Foram direcionados para áreas que não geram riqueza ou valor. Levaram ao limite da capacidade de endividamento do Município.”
Mas logo após ter identificado problemas apresentou-se com o objetivo de “virar a página e fazer diferente.” E para isso prometeu “redirecionar a estratégia para o crescimento demográfico e económico do concelho. Aponta à recuperação de três características: Rigor, proximidade e ambição.
Pedro Duque continuou a identificar que a Câmara tem grandes desequilíbrios nos recursos humanos e a maquinaria está obsoleta. Notou que a proximidade autarquia/munícipes foi perdendo terreno. “Não há estratégias a médio ou longo prazo, ideias para população jovem e na população sénior, não vai além da universidade da terceira idade. Não há o necessário apoio ao desporto e proteção ambiental e animal têm tido apoios pontuais.
Na ambição, Pedro Duque apontou uma falha grande que é o apoio às empresas que é omisso, que o PDM é um problema e que só está em revisão por causa do PS.
Pedro Duque, cabeça de lista PS
Numa das áreas mais faladas nos últimos anos, a floresta, o socialista diz que apenas têm sido aplicados os pacotes do poder central. “A olivicultura também não tem tido apoio e até a recolha das águas ruças dos lagares” deixou de fazer parte das ações municipais.
“O diagnóstico não é o mais agradável” disse o candidato do PS que anunciou estar a fazer “um programa que engloba as poucas coisas que tem vindo a ser bem-feitas.”
“Tenho a convicção, e fundamentada, de que temos grandes condições para ganhar as eleições deste ano”, declarou o socialista.
Pedro Duque, cabeça de lista PS em declarações aos jornalistas
Pedro Duque Miguel Lobato, casado e com uma filha, é licenciado em Gestão de Empresas, inspetor tributário e dirigente associativo. Militante do PS desde 2004, presidente da Assembleia Geral de Militantes do PS de Sardoal e membro do secretariado da Federação do PS de Santarém, foi eleito pela primeira vez vereador da Câmara de Sardoal em 2005.
A concelhia do PS de Sardoal já tinha aprovado, por unanimidade, o nome de Pedro Duque como candidato à Câmara de Sardoal, tendo o presidente da concelhia, Miguel Alves, destacado o perfil do cabeça de lista.
“É para 'Fazer Diferente' que encaramos o desafio de vencer as eleições autárquicas. Uma ambição protagonizada pelo Pedro Duque com a proximidade de quem conhece o seu território e gentes, e com o rigor de uma vida pessoal, familiar, académica, profissional e autárquica lhe confere”, declarou.
E deixou ainda mais algumas notas sobre o “potencial do nosso concelho, nomeadamente a proximidade a centros de investimentos regionais, e as vantagens que as acessibilidades conferidas pela A23, agora gratuita, por iniciativa do PS. É, pois, prioritário redesenhar os instrumentos de gestão territorial e disponibilizar às pessoas e às empresas todo este potencial, fixando investimento, criando emprego e retendo assim o talento de jovens e menos jovens nas nossas terras, atraindo ainda mais gente e valor acrescentado ao concelho.”
Miguel Alves, presidente concelhia PS
Presente na sessão de apresentação esteve Hugo Costa, presidente da distrital do partido, que confirmou que Sardoal é uma aposta da distrital e nacional do partido nestas eleições. Em 2021 já tinha sido um dos concelhos de aposta, mas a corrida deixou o PS a 24 votos do PSD, pelo que 2025 “é mesmo para ganhar”.
Hugo Costa acrescentou que “em relação ao Sardoal, existe um conjunto de contextos em que percebemos que esta é uma grande oportunidade. Repete o candidato, uma pessoa experiente, uma pessoa capacitada, e o concelho de Sardoal precisa de rejuvenescimento. E, ao fim de 25 anos, precisa de novos ares, de novas formas de fazer política e de mais ambição e de mais capacidade para enfrentar os desafios dos novos tempos”.
O líder distrital dos socialistas indicou ainda que, “não se candidata a nenhum concelho para perder” e acrescentou que “o PS, com exceção de Mação, já governou todos os outros 20 concelhos do distrito.”
Hugo Costa, presidente distrital PS
À margem da apresentação de Pedro Duque, e quando questionado sobre os objetivos para as autárquicas no distrito, onde o PS governa em 12 dos 21 municípios, Hugo Costa reafirmou que o PS “quer vencer todos os municípios”, tendo reconhecido que “Mação, naturalmente, é uma grande aposta, como é o Sardoal”, dois concelhos liderados atualmente pelo PSD.
Hugo Costa, presidente distrital PS
Hugo Costa referiu-se ainda a outros concelhos em que os candidatos também já são conhecidos como Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, ou Barquinha, Manuel Mourato. E referiu ainda os municípios de Santarém, Golegã e Rio Maior como exemplos em que o PS também quer voltar a ser poder.
Hugo Costa, presidente distrital PS
O atual presidente da Câmara Municipal de Sardoal é o social-democrata Miguel Borges, a cumprir o seu terceiro mandato e que não se pode recandidatar ao cargo, partido que em 2021 obteve 45,2% dos votos, elegendo três dos cinco elementos do executivo municipal,
Além dos três eleitos do PSD, o atual executivo integra dois vereadores do PS, partido que obteve 43,7% dos votos em 2021, num total de 1.015, contra 1.049 do PSD.
Em 2021, estavam inscritos 3.201 eleitores no concelho de Sardoal.
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