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Tramagal: Museu da MDF foi inaugurado e torna o Dia do Trabalhador “memorável”

1/05/2017 às 00:00

O Museu da Metalúrgica Duarte Ferreira (MDF), em Tramagal, Abrantes, foi inaugurado hoje, no Dia do Trabalhador. A fábrica que operou em Tramagal e que tornou a borboleta num símbolo de poder industrial, foi hoje o centro das atenções para muitos tramagalenses que não quiseram perder o momento inaugural.

A Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo esteve presente na cerimónia e afirmou à Antena Livre que o novo espaço “ é um elogio à memória, à história do nosso país e aos que a protagonizaram”.

“De facto a Duarte Ferreira é um marco da nossa história industrial tal como o próprio Eduardo Duarte Ferreira é um homem absolutamente inesquecível naquilo que tem a ver com os nossos construtores de desenvolvimento e também de contexto social”, referiu.

“Construir um espaço da sua memória e que mostre a história do Tramagal é muito importante e mostra a capacidade, conhecimento e lucidez das pessoas que o estão a promover”, salientou a responsável.

Secretária de Estado da Ciência no interior do museu

O projeto de instalação do Museu resulta de uma parceria entre a Câmara de Abrantes, Junta de Freguesia de Tramagal e o Grupo Diorama, de Joaquim Dias Amaro, e conta com espaços expositivos e documentais daquela que foi uma das principais empresas metalúrgicas do país.

Joaquim Damas, presidente do conselho de administração do Grupo Diorama, anunciou na cerimónia um investimento de 1,5 ME no espaço contíguo ao novo museu. À Antena Livre, o administrador explicou que o objetivo é dar início “ à construção de uma unidade de laser para o tratamento de chapa”.

“Nós temos necessidade absoluta desse tipo de trabalho, o mercado apela a isso e vamos desenvolver essa área para podermos ter aderência a outro tipo de produtos e mercado”, aludiu.  

O investimento é da empresa Futrimetal, pertencente ao Grupo Diorama e segundo Joaquim Damas “no mês de junho/julho devemos de começar a receber os equipamentos se as obras de adaptação terminarem a tempo. Em outubro/novembro prevemos o início da produção e serão recrutados novos trabalhadores, cerca de 10”. A produção é destinada ao mercado interno e externo.  

A cerimónia desta manhã foi ainda marcada pelo lançamento da obra “1879-1997: Metalúrgica Duarte Ferreira – Uma história em constante metamorfose”, da autoria de Patrícia Fonseca.

Maria do Céu Albuquerque, presidente da CMA, referiu que o dia de hoje foi “um grande momento para a comunidade tramagalense. É uma aspiração de há muitos anos, em fazer memória daquilo que foi o legado que a Metalúrgica deixou no Tramagal, na nossa região, no país e no mundo. É a concretização desse sonho que nos realiza. Este é um ponto de partida, não um ponto de chegada, porque há muito trabalho a fazer, muitos testemunhos a recolher, muitas peças para encontrar e trabalhar porque este é um projeto de museu dinâmico que se quer que sirva a nossa economia, o nosso tecido social e que seja um factor de motivação para as gerações mais novas”.

Num investimento de meio milhão de euros, apoiados em parte pelo PRODER, o novo museu possibilita o enquadramento “de toda a história dos quase 120 anos da Metalúrgica Duarte Ferreira”, garantiu a presidente, dando conta que o visitante “fica também com uma ideia do que foi feito e do que falta fazer, porque a história não acabou, faz-se todos os dias, com o passado, presente e futuro”.

Maria do Céu Albuquerque explicou ainda que “a primeira fase do museu está concluída no rés-do-chão. Temos o primeiro andar disponível, que não foi ainda recuperado, e vamos construindo com sustentabilidade este projeto, que queremos que seja de grande relevância a nível local, regional e nacional”.

Momento inaugural

Por sua vez, Victor Hugo Cardoso, presidente da Junta de Freguesia, considerou que a inauguração do novo museu foi “muito importante para o Tramagal”, pois era “um anseio de todos os tramagalenses, de todos os metalúrgicos e trabalhadores”.

Para o autarca, o dia de hoje foi “o recordar de um homem e de uma família que deu tudo ao país e ao Tramagal. Hoje, foi sem dúvida um dia memorável, que será recordado por muitos anos”.

Victor Hugo Cardoso afirmou que o novo museu da MDF “foi o grande projeto deste mandato e destes oito anos. É um fechar de um ciclo, apesar de esta ser uma primeira fase. Segue-se o alargamento do museu no piso um e ainda o dar continuidade ao mesmo no exterior, àquilo que foi a forja”.

O museu da MDF vai ficar aberto ao público de quarta-feira a domingo, no período da tarde das 14h30 às 19h00, tendo a possibilidade de ser visitado no período da manhã, de segunda a sexta-feira, por marcação ou para serviços educativos.

A obra “1879-1997: Metalúrgica Duarte Ferreira – Uma história em constante metamorfose” vai ficar disponível para compra no museu, no posto de turismo ou em qualquer espaço onde se venda merchandising municipal.

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