A caravana da Ecomarcha chegou hoje ao Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes, tendo já passado por Nisa e Gavião.
Na iniciativa, a autarca local, Maria do Céu Albuquerque, deu as boas-vindas aos ciclistas, seguindo-se um debate sobre o rio Tejo, onde os convidados foram os candidatos à Câmara Municipal, Rui Mesquita do PSD e Armindo Silveira do BE. Ana Carmo esteve em representação da CDU.
A Ecomarcha parte amanhã, dia 26, para a Chamusca, seguindo-se Almeirim, Vila Franca de Xira e por fim, Lisboa.
A Ecomarcha 2017 iniciou-se no dia 14 de julho, em Navalmoral de la Mata, em Espanha, e entrou em território nacional, no dia 23. A Praça do Comércio, em Lisboa, recebe no dia 29 de julho, a caravana composta por mais de uma centena de ciclistas.
O percurso deste ano segue o curso do rio Tejo, atravessando campos, vilas e cidades ribeirinhas, em percursos diários com uma distância média de 40 km, realizados preferencialmente durante a manhã, que ligam as diversas localidades nacionais, de este para oeste, rumo a Lisboa.
Nuno Sequeira, vogal da Direção Nacional da Quercus, em declarações à Antena Livre, explicou que os objetivos da marcha passam por “juntar os cidadãos de Portugal e de Espanha em torno de questões ambientais comuns e que ambos os povos defendem”.
“A luta contra as centrais nucleares, a defesa do rio Tejo, a agricultura sustentável é aquilo que se pretende, ao longo desta travessia de mais de uma dezena e meia de povoações, espanholas e portuguesas”, aludiu Nuno Sequeira.
Ao longo do percurso, já em território português, serão realizados debates diariamente que “pretendem trazer alguns destes temas, como o rio Tejo, a exploração de uranio, a agricultura sustentável, a mobilidade e os organismos geneticamente modificados”, referiu Nuno Sequeira.
O vogal disse à Antena Livre que o balanço desta iniciativa “é bastante positivo”, ao longo do percurso “houve o envolvimento de todas as entidades parceiras e cidadãos”.
“Os cidadãos procuram saber o que leva os espanhóis e os portugueses a fazer estes 600km em torno do rio Tejo e das questões ambientais que nos movem”, esclareceu Nuno Sequeira.
O vogal espera chegar no próximo sábado a Lisboa e poder fazer um balanço ainda “mais positivo com esta travessia em Portugal que se está agora a iniciar”.