Mais de meia centena de cavaleiros nacionais e internacionais vão ser os embaixadores do Cavalo Lusitano ao participarem num conjunto de três provas de Dressage a realizar nos meses de abril e maio em Vale de Ferreiros, Alter e Companhia das Lezírias. As provas, inseridas na chamada Rota Lusitana vão ainda ser determinantes para o apuramento de cavaleiros nacionais e estrangeiros para os Jogos Olímpicos de Tóquio e para o Campeonato da Europa da Juventude.
Vale de Ferreiros, em Pego, Abrantes, Coudelaria de Alter, em Alter do Chão e Companhia das Lezírias, no Porto Alto, vão ser os palcos da Rota Lusitana 2020, um conjunto de três provas de Dressage onde o cavalo lusitano vai desfilar e onde os mais destacados cavaleiros nacionais e estrangeiros vão finalmente poder conseguir o carimbo no passaporte para os Jogos Olímpicos 2020, em Tóquio.
Estas provas são encaradas como uma montra de excelência para o Cavalo Lusitano, cada vez mais reconhecido nacional e internacionalmente. Aliás, a aposta no cavalo Lusitano em termos de Dressage tem vindo a aumentar de forma substancial, não só em Portugal, mas também em países como o Brasil, a França, a Bélgica, onde o potencial do cavalo Lusitano tem vindo a afirmar-se, até ao nível de grandes criadores locais. A marca “Cavalo Lusitano” está entre as mais conhecidas a nível internacional.
Para Vítor Pereira, responsável por Vale de Ferreiros, “é de realçar que grande parte dos grandes criadores de cavalos Lusitanos são do Ribatejo e Alentejo, regiões onde estas provas vão ser organizadas. É sempre possível o contacto com estes criadores durante as provas, ver os seus cavalos em prova, constituindo também uma oportunidade para que se concretizem negócios de compra e venda de cavalos”.
Estes encontros de criadores são habitualmente usados para encontrar a oportunidade de adquirir sémen de alguns dos melhores garanhões presentes na competição, em leilão realizado para o efeito.
Recorde-se que Portugal já tem quatro atletas pré-selecionados para Tóquio 2020. Todos eles participam nas provas com Lusitanos, facto que torna esta raça nacional uma referência na Dressage.
Para Francisco Beja, da Companhia das Lezírias, “o cavalo Lusitano tem sido “Rei” nesta disciplina, e muitos são os estrangeiros que nos visitam à procura de o conhecer melhor, incluindo profissionais da modalidade. O facto de recentemente a Equipa de Dressage Portuguesa ter conseguido, pela primeira vez na história, o apuramento como equipa para os JO em Tóquio e ainda por cima exclusivamente representada por cavalos Lusitanos, mostra a ambição e o trabalho de seleção que tem vindo a ser feito pelos criadores, apoiados por organizações como a Rota Lusitana, que permitem qualificações dos atletas portugueses (e não só), divulgando o Puro Sangue Lusitano e todo o seu potencial.
De referir que a divulgação e dinamização desta modalidade a nível internacional, nomeadamente através da Rota Lusitana, em regiões de Portugal de grande tradição equestre, tem constituído uma alavanca importante para o desenvolvimento do Turismo Equestre, para um maior interesse pelo Cavalo Lusitano e para um maior conhecimento da nossa história, tradições e gastronomia.