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Jogos Europeus: Seleção de canoagem quer medalhas, mesmo sem as distâncias de Pimenta

19/06/2023 às 11:40
Foto: Facebook Francisca Laia

A seleção portuguesa de canoagem ambiciona “sempre” conquistar medalhas, inclusivamente nuns Jogos Europeus em que limitações logísticas retiram a Fernando Pimenta as suas distâncias de eleição, os 1.000 e os 5.000 metros.

“É muito positivo a canoagem estar integrada em grandes eventos multidesportivos (...), contudo, não é bom estar condicionada em Cracóvia, onde não estão contempladas todas as distâncias de um campeonato da Europa, desregulando a nossa participação, já que os 1.000 e 5.000 metros têm sido as distâncias prediletas do Pimenta na conquista de medalhas para a nossa modalidade...”, lamentou, em declarações à Lusa, o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix.

A canoagem tem quatro pódios em Jogos Europeus, todos de prata e da autoria de Fernando Pimenta, dois em K1 1.000 e outros tantos nos 5.000, em Baku2015 e Minsk2019, feitos que não poderá repetir na Polónia, onde apenas se competirá nos 200 e 500 metros, já que o lago da prova não tem as medidas regulamentares.

“Apesar de não ter todas as distâncias, as nossas expectativas são sempre muito altas. O Fernando Pimenta tem igualmente várias medalhas em K1 500 e há ainda o K2 500 de João Ribeiro e Messias Baptista que também pode entrar na luta pelas medalhas”, destacou o dirigente.

Vítor Félix falou ainda dos K4 500 masculino e feminino, da C1 200 de Hélder Silva, do K2 200 misto e de atletas como Teresa Portela, Joana Vasconcelos ou Francisca Laia, identicamente com experiência olímpica.

Juntando as regatas em linha ao slalom, a canoagem apresenta-se com a sua maior comitiva em três edições dos Jogos Europeus.

“Temos um bom conjunto de atletas. Que nos garantem boas indicações, bons resultados desportivos neste teste para o momento mais alto da época desportiva, o Campeonato do Mundo, em agosto, na Alemanha, no apuramento olímpico”, acrescentou.

Estas condicionantes adicionadas ao limite de seis quotas da formação masculina obrigaram a ajustes nas tripulações, que não se apresentarão assim nos moldes habituais: o maior exemplo é o de João Ribeiro e Messias Baptista que não podem juntar o K2 500 ao K4 500, no qual são ‘fixos’, por incompatibilidades de horário.

“Sejamos sinceros, em eventos desta categoria, acho a cor das medalhas pouco importante. A este nível importa é ir ao pódio, estar nos três primeiros, dar bons indicadores à equipa técnica para ter as melhores embarcações para discutir o apuramento para Paris2024”, resumiu.

A partir de quarta-feira, Portugal vai apresentar-se com os olímpicos Fernando Pimenta, Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista, Teresa Portela, Joana Vasconcelos e Francisca Laia, além de Kevin Santos e Maria Rei.

Nas canoas, o olímpico Hélder Silva terá a companhia de Marco Apura, Bruno Afonso, Beatriz Fernandes e Inês Penetra.

Ao todo, serão apenas 16 eventos de medalha.

No slalom, o olímpico José Carvalho estará com Frederico Alvarenga e Lucas Jakob, numa especialidade com 10 provas distintas.

Lusa

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