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Abrantes: Cascata, uma empresa abrantina distinguida como uma das melhores PME

6/12/2018 às 00:00

O "amor à cozinha que permanece há 35 anos"

O restaurante Cascata, em Abrantes, conquistou pela primeira vez um prémio PME Líder 2018 (Pequenas e Médias Empresas), que distingue as empresas pelo seu desempenho financeiro e económico.

Carla Martins, atual gestora da empresa, manifesta-se feliz pela conquista: “Recebemos este prémio com alegria, como recebemos todos os outros, e dá-nos mais motivação para continuar a trabalhar todos os dias. É como um reconhecimento da dedicação de toda a equipa.”

Este prémio, atribuído dia 5 de novembro pelo Turismo de Portugal,I.P, numa parceria com o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI), a Banca e as Sociedades de Garantia Mútua, visa sinalizar as PME com desempenhos superiores, reconhecendo o sucesso da estratégia empresarial e a importância do contributo para a economia nacional.

Com algumas dificuldades e desafios pelo meio, que “com muito trabalho e dedicação” se ultrapassam, sendo “uma área de negócio que requer muito empenho, disponibilidade e gosto”, reforça Carla Martins, a Cascata promete continuar com a qualidade na confeção e em todo o serviço.

A Cascata é reconhecida nacionalmente pelo seu prestígio e conquista de prémios nas diversas competições gastronómicas em que participou, sendo hoje uma referência no que à boa cozinha ribatejana diz respeito.

Um serviço de excelência da região a nível hoteleiro e gastronómico, situado em Alferrarede-Abrantes, a Cascata tem como principal missão prestar serviços de qualidade em termos de catering e nos diferentes espaços que oferecem: restaurantes, casa de chá e espaço para realização e organização de grandes eventos.

A evolução tem sido grande”

Assim, qualidade e requinte são alguns dos traços que caracterizam o grupo Cascata. O aspeto clássico e a elegância predominam na decoração interior na sala de jantares e almoços, onde as pessoas podem apreciar o ambiente, a iluminação do espaço e degustar a gastronomia tradicional da região. A atual gestora da empresa, que depois dos pais decidiu “agarrar o barco, numa altura em que eles já não tinham, sozinhos, a capacidade de tomar conta de um bolo tão grande”, acaba por definir a organização do espaço como sendo um ambiente familiar.

Numa data especial que é o Natal, a Cascata completa este ano o seu 35º aniversário. Manuel Rodrigues, cliente habitual, diz estar familiarizado com o espaço, e reconhece que “a evolução tem sido grande”. E ainda se lembra dos primeiros passos da construção das instalações. Apenas com rés-do-chão e com uma capacidade pequenina de lugares, foi assim que, em 1983, se fundou o Restaurante Típico Cascata. Na altura a cozinha só confecionava comida típica regional e tradicional portuguesa, como o Achigã com Migas, receita tradicional de Abrantes, que mais tarde, em 1998 (ano nacional do Turismo), foi meritória do primeiro prémio no Concurso Nacional de Gastronomia.

Carla Martins não descarta a possibilidade de expandir o negócio para outras regiões

Com a construção de um primeiro andar, que atualmente ainda permanece como restaurante, e que foi sendo remodelado, a empresa foi expandindo cada vez mais os seus serviços. “Começámos como restaurante e, com o passar dos anos, fomos evoluindo para outros serviços, nomeadamente o catering e também um grande número de realização de eventos no exterior”, esclarece Carla Martins. Há 11anos construíram o “Jardim da Cascata”, um espaço dedicado exclusivamente a eventos.

A casa-de-chá é também uma particularidade da Cascata, onde os clientes têm à disposição uma vasta variedade de produtos regionais e tradicionais.

Continuando a seguir uma política de expansão decidiram, em 2011, abraçar um novo projeto com a abertura do restaurante “Sabores da Cascata”, no centro da cidade de Abrantes, que “se cinge apenas à prestação de serviço de restaurante”, adianta Carla Martins.

António Pedro, chefe de mesa da Cascata desde que a casa abriu, garante que adora o que faz e “que, de outra maneira, não poderia ser possível continuar a fazê-lo”, explicando que “não é fácil hoje em dia lidar com os clientes, porque cada vez são mais exigentes, mas com profissionalismo e dedicação tudo se faz”.

A Cascata funciona com uma equipa fixa para todos os eventos, com profissionais com anos de experiência, e que estão preparados para, em conjunto com os colaboradores, desenvolver o trabalho necessário. “Quando há necessidade essa equipa é desdobrada com pessoas externas, mas experientes”, esclarece a gestora.

A proprietária Fernanda Pires, mãe de Carla, apesar de estar impossibilitada de continuar a dirigir o negócio, ainda colabora em muitas das atividades, nomeadamente na cozinha. Conta o quanto é bom ainda visitar e frequentar o seu próprio estabelecimento todos os dias, e que é “o amor à arte, e o amor pela cozinha, que permanece há 35 anos”, que a faz ver o crescimento do espaço, por ela criado, com muitos bons olhos.

Quanto a projetos futuros, Carla Martins não descarta a possibilidade de expandir o negócio para outras regiões. Ainda assim, “o que está por vir, ninguém sabe”. Mas uma coisa é certa: vão estar presentes novamente, em 2019, no restaurante “Boa cama Boa mesa”, em Braga, a concorrer para a classificação do Guia Michelin. E no Natal vão receber os grandes jantares próprios da época com o profissionalismo que os distingue e com mais este prémio no palmarés.

 

Cristiana Bernardino, aluna de Comunicação Social da ESTA

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