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Abrantes: Autarca diz que lugar no ‘ranking’ de eficiência se deve a rigor e estabilidade financeira (c/áudio)

13/11/2024 às 12:32

O presidente da Câmara de Abrantes disse hoje que a boa posição da autarquia no 'ranking' de eficiência do Anuário Financeiro dos Municípios se deve a uma “gestão rigorosa” e a uma “estabilidade financeira regular” e “muito positiva”.

“É sempre um motivo de satisfação perceber que Abrantes, do ponto de vista do anuário financeiro, se coloca numa posição muito satisfatória e a liderar os municípios de média dimensão”, disse à Lusa o autarca Manuel Jorge Valamatos (PS), tendo dado conta que o resultado acaba por não ser “nenhuma surpresa, na medida em que “ao longo dos últimos anos” o município “tem vindo a demonstrar, de forma regular, uma estabilidade financeira muito positiva que permite encarar o futuro com um grande otimismo”.

Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios, hoje divulgado, a câmara de Abrantes, da sub-região do Médio Tejo, no distrito de Santarém, obteve a melhor pontuação no ‘ranking’ dos municípios de média dimensão, tendo sido reconhecido como o de melhor eficiência financeira em 2023, (1.676), com os municípios de Lagoa (1.543) e Tavira (1.470), ambos no distrito de Faro, a seguirem-se na lista dos melhores resultados.

Manuel Jorge Valamatos, presidente CM Abrantes 

Os ‘rankings’ do Anuário Financeiro foram elaborados com base na pontuação obtida pelos municípios em 10 indicadores, para um máximo de 1.900 pontos, relativos a eficiência e eficácia financeira, como a liquidez, o peso do passivo exigível no ativo, o passivo por habitante e os impostos diretos por habitante.

Questionado sobre a fórmula aplicada para obter estes resultados, Manuel Jorge Valamatos destacou “todo um trabalho da divisão financeira” na “articulação de equilíbrio entre os diferentes serviços do município na gestão dos recursos financeiros”, a par da visão política.

“Há aqui também, do ponto de vista político, uma ideia e uma vontade de termos as contas equilibradas. Diria que aquilo que sublinho mais é esta articulação entre os diferentes serviços e o equilíbrio que todos temos de ter por forma a manter o bom senso e o sentido de responsabilidade em tudo aquilo que diz respeito à gestão financeira do município”, sintetizou.

O autarca de Abrantes disse ainda à Lusa que o reconhecimento das boas contas permite encarar o futuro com “grande otimismo”, tendo feito notar o tempo e a oportunidade de realizar investimentos públicos.

“Esta posição do anuário significa que estamos em excelentes condições para agarrar o Portugal 2030, o PRR, o Fundo de Transição Justa, e todos estes investimentos com grande segurança e com grande dedicação”, afirmou Valamatos.

“É uma grande oportunidade de podermos fazer alguns investimentos públicos e, simultaneamente também, criar condições para que as nossas empresas possam, digamos, otimizar-se, valorizar-se”, afirmou, dando conta de uma “oportunidade extraordinária para desenvolver alguns projetos que terão este momento e dificilmente se irão repetir no futuro” próximo.

“Portanto, estamos aqui com grandes desafios e ter uma estabilidade financeira positiva deixa-nos otimistas relativamente ao futuro e com esta vontade imensa de fazer mais para melhorar a vida da nossa região, e particularmente de Abrantes, e aumentar a nossa competitividade, que é isto que nós precisamos também de conseguir”, declarou.

Segundo o Anuário, a pontuação máxima em 2023 foi obtida por grandes municípios, com a melhor pontuação a ser alcançada pela Câmara de Sintra (distrito de Lisboa), com 1.675 pontos, seguida dos municípios de Maia (distrito do Porto), com 1.592 pontos, e de Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro), com 1.583.

Tendo em conta apenas a lista de municípios de média dimensão, as câmaras de Abrantes (1.676), em Santarém, e as algarvias de Lagoa (1.543) e Tavira (1.470), no distrito de Faro, foram as que obtiveram melhores resultados.

À frente da lista de municípios pequenos com melhores resultados no global dos índices estão Grândola (1.687), em Setúbal, Santana (1.622), na Madeira, e Óbidos (1.594), em Leiria.

C/ Lusa

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