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Magellan 500: Autarcas de Abrantes unânimes no apoio ao projeto do aeroporto em Santarém (c/áudio)

12/04/2023 às 11:40
Localização prevista para construção do Magellan 500

O projeto privado para construção do aeroporto Magellan 500 na zona de S. Vicente do Paul mereceu o apoio unânime das três forças políticas que compõem o executivo municipal de Abrantes.

A apresentação pública do projeto aconteceu esta terça-feira, dia 11 de abril, sendo que os Municípios de Torres Novas, Golegã, Alcanena e Santarém assinaram acordo para gestão do território por forma a garantir condições de aprovação da infraestrutura, já que vai mexer com o Plano Diretor Municipal de cada um dos municípios.

O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, esteve presente na apresentação do Magellan 500 e na reunião do executivo municipal deixou de lado as questões técnicas para vincar a importância para toda esta região. Começando pela sua localização, próximo das autoestradas 1, 15 e 23 e com a ferrovia ao lado, que garantem a proximidade de Lisboa, mas de toda uma área do interior do país que ganharia muito, no que diz respeito ao desenvolvimento.

O autarca notou que há um investimento que é privado em jogo, mas que pode ser de vital importância para mudar o rumo do despovoamento desta zona do interior do país.

“As questões da acessibilidade são, aqui, uma questão central. Não parece que nenhuma das outras alternativas não obrigue a grande investimento público nas acessibilidades”, frisou o autarca de Abrantes, referindo que qualquer solução a sul do Tejo obriga sempre a uma nova travessia sobre o Tejo.

Depois indicou uma outra razão para a defesa desta solução, que é mais política e que tem a ver com a coesão territorial. “Ficou bem evidenciado, pelos estudos apresentados, que o despovoamento é uma realidade. A coesão territorial com uma nova dinâmica social e económica para esta região, também é importante. Por último, parece-nos que há aqui um investimento privado e tira de cima dos cidadãos custos enormes de qualquer outra solução em estudo.”

Manuel Jorge Valamatos afirmou estar muito otimista em relação ao projeto apresentado.

No final da reunião do executivo municipal e questionado sobre a eventualidade dos órgãos municipais de Abrantes poderem tomar uma posição oficial de apoio ao projeto, Manuel Jorge Valamatos disse que sim, que a Assembleia Municipal de Abrantes pode vir a assumir esse apoio.

 

Manuel Jorge Valamatos, presidente CM Abrantes

Diogo Valentim, vereador eleito pelo PSD e que substituiu Vítor Moura nesta sessão, deixou a posição do PSD de Abrantes de apoio e reconhecimento deste projeto. Na altura destacou o impacto que este projeto pode vir a ter em termos económicos, sociais e urbanísticos para o concelho de Abrantes.

Depois reforçou a ideia de que este é um investimento privado, que pode não sobrecarregar a despesa pública, e deixou o apelo para que a população se possa envolver no apoio a esta decisão.

“A Câmara também tem um papel de tentar promover, junto da comunidade, algumas sessões de esclarecimento, porque estamos a falar de um projeto de que irá transformar o nosso território”, afirmou Diogo Valentim.

Diogo Valentim questionou ainda o presidente da Câmara de Abrantes se já começou a preparar algum estudo económico, social ou urbanístico. “É uma obrigação do executivo pensar mais à frente e preparar o futuro tendo em conta a importância deste projeto.”

Diogo Valentim, vereador PSD CM Abrantes

Também o vereador eleito pelo movimento ALTERNATIVAcom, Vasco Damas, manifestou o seu apoio a este projeto. Disse o vereador que “em coerência com tudo o que já dissemos anteriormente, e como temos dito, nestas matérias estaremos sempre juntos.” O vereador vincou acreditar que são estes “projetos que nos colocam no caminho do desenvolvimento.”

Vasco Damas, vereador ALTERNATIVAcom CM Abrantes

Recorde-se que para Anabela Freitas, presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e da Câmara Municipal de Tomar, os autarcas estão “confiantes naquilo que é a mais-valia do projeto” face às restantes localizações, “sobretudo estas duas últimas que surgiram na semana passada”.

“E há aqui algo que une os 11 presidentes de câmara da comunidade intermunicipal do Médio Tejo: trata-se de um investimento privado”, apontou, questionando “porquê aplicar dinheiros públicos quando há um investimento privado”.

Previsto está que este projeto permita a criação de 820 empregos diretos na nova infraestrutura aeroportuária, que poderá gerar um milhão de passageiros.

Quanto ao investimento, será inicialmente entre 1.000 e 1.200 milhões de euros, financiado por privados.

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