O Food Fab Lab parece um ter um nome estranho, mas é de conceito muito simples. Trata-se de um concurso de inovação alimentar que visa dar a conhecer novos produtos no setor da alimentação e, depois de testados, poder entrar na cadeia comercial e gerar valor. E todos os anos o Tagusvalley abre inscrições para o concurso, em duas fases, a aguarda pelas candidaturas.
E depois, um júri conceituado, constituído por Teresa Mariano (APN – Associação Portuguesa de Nutrição9; Miguel Teixeira (Colab4Food); Leonor Almeida Garrett (SONAE MC); Helena Mira (Escola Superior Agrária de Santarém – Instituto Politécnico de Santarém); Deolinda Silva (PortugalFoods); Conceição Pereira (TAGUS Ribatejo Interior); e Nelson Félix (Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril) avalia os concorrentes, que este ano foram 18, do ponto de vista da Inovação, Potencial de Mercado e Degustação. Estas são três categorias de prémios, mas o principal, o Fod Fab Lab, visa destacar o produto que mais pontuação teve nas três vertentes.
Este ano o concurso teve concorrentes do meio académico e da área profissional.
Pedro Saraiva, diretor-geral da Tagusvalley, destacou os serviços de laboratórios no Inov.Linea e salientou que este prémio foi criado para divulgar a infraestrutura que é o laboratório. “A equipa e pequena, mas não queremos ter grandes equipas, porque temos o lema de sermos ‘uma fábrica da investigação e um laboratório da indústria’, quando queremos caracterizar o nosso serviço.” Este prémio, acrescentou, pretende divulgar a inovação e estimular o que de novo se faz no país.
O presidente da Câmara de Abrantes que é também o Presidente da Tagusvalley vincou a importância deste prémio.
Depois referiu que uma das concorrentes, Célia Santos, que ficou conhecida do país pela participação num programa de televisão e que tem aptidões na área alimentar “não conhecia o laboratório (Inov.Linea)que temos aqui”.
“O que se está a fazer aqui é brilhante, é olhar para o futuro”, destacou Manuel Jorge Valamatos.
Prémio Degustação
Segredos de Abrantes de Célia Santos
Este é um doce para “montar” em casa. Ou seja, é uma embalagem com uns tubos em massa, com o doce de ovos e fios de ovos e ainda com amor-perfeito, e sementes desta planta. Como Abrantes é a cidade florida, há uma ideia base de criar algo mais que se possa levar para casa.
Prémio Potencial de Mercado
Concentrado de sopa de legumes, ultracongelada, de André Roseiro e Sónia marques
O produto bruto não pode ser apresentado porque é ultracongelado. “O que nós pretendemos são concentrados de sopa. 50 por cento da sopa é água e os outros 50% são os legumes. Nós só fazemos o concentrado de sopa e é um produto saudável, de rápida confeção e conseguir armazenar durante um período de tempo maior. É servido em unidoses congeladas. Temos um leque mais alargado. Sopas de legumes, proteicas e de baixas calorias.”
Prémio Inovação
KefirCream de Rafaela Dias e equipa
O objetivo desta equipa foi fazer um kefir através de queijo creme com cebola e ervas e com salicórnia em vez do sal. Houve um objetivo claro de “trazer um produto diferente dos iogurtes tradicionais e com baixo teor de gordura.”
A investigadora explicou que está numa fase muito inicial, ainda na fase de conceito do produto.
O prémio Food Fab Lab que é uma síntese dos 3 critérios (inovação, potencial de mercado e degustação) foi entregue ao ProYoGut
Cláudia Maciel e Sérgio Sousa criaram um produto paralelo ao iogurte na sequência da investigação de uma bactéria. Foi um trabalho com uma bactéria isolada em laboratório, inicialmente para o mercado medicinal ou farmacêutico, mas que acabou num composto alimentar. Trata-se de um produto novo que não vem de produtos que já estão no mercado.
Os promotores revelaram que a patente já está aprovada e pensar, em breve, poder entrar no mercado. Ainda não sabem se em nome próprio ou em parceria com uma empresa do setor, embora confirmem que já existiram abordagens.
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