A capacidade da ligação à rede elétrica da central do Pego em concurso, de 600 MVA, será reduzida a partir de 2024, para 485 MVA, com entrada em exploração das centrais solares fotovoltaicas flutuantes de Cabril e Castelo do Bode.
De acordo com os esclarecimentos às questões levantadas sobre o concurso ao ponto de injeção na rede elétrica que era ocupado pela central a carvão do Pego, em Abrantes, "a capacidade máxima de receção na Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) do ponto de ligação disponível no Procedimento (posto de corte do Pego) é de 600 MegavoltAmpere (MVA) no período compreendido entre 1 de dezembro de 2021 e 31 de dezembro de 2023".
"A partir de janeiro de 2024, a capacidade máxima de receção firme na RESP é de 485 MVA, podendo, no entanto, nas horas indicadas no referido anexo (das 21:00 às 05:00), atingir os 600 MVA”, lê-se no documento com esclarecimentos das questões colocadas ao júri, divulgadas na página da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) na internet.
Questionada sobre esta redução da capacidade de injeção, fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática esclareceu à Lusa, citando o procedimento, que "após a entrada em exploração das centrais solares fotovoltaicas flutuantes de Cabril e Castelo do Bode, aplicam-se limitações horárias e tecnológicas indicadas, podendo as mesmas ser flexibilizadas em termos a definir pelo Gestor Global do Sistema Elétrico Nacional", isto é, pela REN - Redes Energéticas Nacionais.
Ao nível da tecnologia, segundo os esclarecimentos prestados, "os projetos a apresentar poderão ser baseados numa só tecnologia ou abranger diversas tecnologias de origem renovável e poderão apresentar-se a concurso pretendendo uma capacidade de injeção inferior à capacidade máxima de injeção prevista [...] desde que não inferior a 100 MVA".
A Endesa obteve a melhor pontuação do júri, entre as seis propostas participantes para a conversão da Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes (Santarém), segundo o relatório preliminar divulgado na sexta-feira pela DGEG, após o que os concorrentes têm cinco dias para se pronunciarem por escrito em sede de audiência prévia dos interessados.
A proposta apresentada pela empresa espanhola que atua na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica obteve uma pontuação de 3,72, batendo as propostas da Tejo Energia SA, EDP Renováveis, Greenvolt, Brookfield Ltd & Bondalti SA e Voltalia SA.
Na segunda posição ficou a Tejo Energia SA (atual proprietária da Central Termoelétrica do Pego e que tem a Endesa como acionista), com 3,27.
A Greenvolt ficou em terceiro lugar, o consórcio da Brookfield Ltd & Bondalti SA em quarto, a Voltalia SA em quinto e a EDP Renováveis em último lugar.
Lusa