O deputado social democrata Duarte Marques criticou fortemente o governo e o ministro do Ambiente João Matos Fernandes pela forma como conduziu o processo de encerramento da Central Termoelétrica do Pego.
Num artigo de opinião no Expresso intitulado “Pego – manual de como não encerrar uma central com os pés” Duarte Marques lembra que a unidade de produção de eletricidade a partir do carvão é a “mais eficiente de todas as termoelétricas da da Península Ibérica e a menos poluente do MIBEL (Mercado Ibérico de Eletricidade).
À Antena Livre o deputado do PSD lembrou o projeto que existia da Trust Energy que pretendia fazer a queima de biomassa (florestal) numa fase de transição até à implementação da central solar e eólica para produção de hidrogénio verde. E depois adianta que o anúncio do ministro do Ambiente de que o Estado garante um ano de salários aos trabalhadores que vão ficar sem emprego é uma medida de campanha eleitoral. O deputado diz que não apresenta solução nenhuma e que é simplesmente por dinheiro em cima de um problema, mas que não acrescenta soluções de futuro para os atuais trabalhadores da unidade do Pego.
Duarte Marques referiu-se ainda à decisão do governo espanhol de voltar a ativar centrais de produção de eletricidade a partir do carvão. Esta poderia ter sido uma solução até à existência de um novo projeto para o Pego decorrente do concurso público.
E neste campo, Duarte Marques voltou a frisar que todo este processo correu mal, porque mesmo com a descarbonização em vista, o concurso público e o encerramento da unidade a carvão poderiam ter sido agilizados por forma a que não existisse este problema social que está a ser criado.
Duarte Marques, deputado do PSD
A Central Termoelétrica do Pego é o maior centro produtor nacional de energia, com uma potência instalada de 628 megawatts (MW) na central a carvão, e de 800 MW na central a gás, que prosseguirá em atividade, com contrato válido até 2035.