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Abrantes: Endesa lança “Escola Rural de Energia Sustentável” para impulsionar Projeto de Transição Justa do Pego (C/ Áudio)

21/09/2023 às 16:28

A Endesa apresentou ontem, em Abrantes, a Escola Rural de Energia Sustentável, o novo nome para o Plano de Formação que a empresa tem delineado no âmbito do Fundo de Transição Justa após o encerramento da central a carvão no Pego.

O Plano Global de Formação denominado “Escola Rural de Energia Sustentável” foi apresentado aos parceiros da Endesa e autarcas da região de implantação do Projecto de Transição Justa do Pego. A reunião teve lugar na Escola Básica e Secundária Dr. Solano de Abreu, em Abrantes.

O diretor geral da Endesa em Portugal, Guillermo Soler, falou do papel da empresa na região e do compromisso assumido pela Endesa.

O diretor da Endesa Generación Portugal, Pedro Almeida Fernandes, falou do investimento que a Endesa irá fazer em Abrantes e da participação na comunidade.

O Plano Global de Formação, que a Endesa tem vindo a implementar desde março deste ano, dá agora origem à Escola Rural de Energia Sustentável que prevê mais de 5 000 horas de formação durante os próximos três anos, relacionadas com a atividade que será gerada pelas centrais de energias renováveis. Tem um investimento de um milhão de euros, contará com mais de 1 300 beneficiários, e favorecerá os residentes, os desempregados e as mulheres na região, como nos explicou Ana Patrícia Carreto, responsável de Criação de Valor Partilhado e Projetos de Sustentabilidade da Endesa Generación Portugal. Ana Patrícia Carreto adiantou que os cursos já estão disponíveis e abertos a qualquer pessoa.

A “Escola Rural de Energia Sustentável” inclui cursos técnicos nas energias renováveis (construção e montagem de centrais solares e a operação e manutenção de centrais de energias renováveis). Também inclui formação nas atividades no setor primário, com vista à integração de atividades de agricultura, pastoreio e apicultura entre os painéis nos parques renováveis da Endesa, que incorporarão a agricultura, a criação de gado e a apicultura entre os painéis. Por último, inclui cursos de competências transversais como gestão, administração e as ferramentas digitais.

Estas iniciativas serão dirigidas sobretudo aos habitantes da Região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego, desempregados, ex-trabalhadores da central do Pego e mulheres. Os cursos contam com certificação profissional e vão ser ministrados em parceria com entidades/empresas devidamente certificadas por entidades reguladoras.

Presente na sessão de apresentação da Escola Rural de Energia Sustentável, o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, afirmou que a escola de formação “é mais um sinal da presença da Endesa”, tendo lembrado um “projeto que se assume acima dos 600 milhões de euros de investimento” no território, nomeadamente na freguesia do Pego.

No final do encontro, o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, saiu agradado com o que ouviu e com os planos da empresa para a região e mais, concretamente, com as ações diretas com a comunidade.

Até final do ano, a Escola Rural de Energia Sustentável tem já formações marcadas para Abrantes, Gavião, Ponte de Sor, Crato e Chamusca. As inscrições já estão abertas. Toda a informação pode ser consultada em https://bit.ly/endesa-escola-pego.

 

O projeto de Transição Justa da Endesa:

Depois do fecho da central térmica do Pego, a Endesa ganhou o concurso público e obteve em 2022, um direito de ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) de 224 MVA. Para a instalação de 365 MWp de energia solar, 264 MW de energia eólica, com armazenamento integrado de 168,6 MW e um eletrolisador de 500 kW para a produção de hidrogénio verde.

Situado na região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego, trata-se de “um projeto economicamente sustentável que não depende de subsídios externos”, e que representa um investimento da Endesa de 600 milhões de euros.

O “sucesso da proposta da Endesa deve-se sobretudo aos projetos de desenvolvimento social e económico para a região”, uma vez que se compromete com a criação de 75 postos de trabalho permanentes, um Plano Global de formação “Escola Rural de Energia Sustentável” e apoio às PME para que integrem os seus projetos na Região.

O projeto da Endesa foi concebido desde o início como uma colaboração com a região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego e com os trabalhadores envolvidos no encerramento da central a carvão do Pego, pelo que a proposta apresentada inclui um Plano Global de formação “Escola Rural de Energia Sustentável” e de desenvolvimento social e económico para a Região.

Por outro lado, a região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego será convertida num espaço para a biodiversidade, onde os projetos tecnológicos serão hibridizados com os setores primário e secundário, uma aposta da Endesa na qual a empresa tem trabalhado há vários anos noutras instalações e que têm demonstrado a sua viabilidade.

Esta Criação de Valor Partilhado ou CSV (Creating Shared Value) “com que a Endesa trabalha em todos os seus projetos visa maximizar o seu valor para a comunidade envolvente” através de um conjunto de iniciativas que são construídas através de um processo participativo com os agentes locais. O que torna o projeto da Endesa em Abrantes “único” é “precisamente o envolvimento das PME locais” que vão desenvolver o seu modelo de negócio na região, com projetos específicos.

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