A Decisões e Soluções de Abrantes, empresa que pertence ao Grupo DS, de Paulo Abrantes, assinalou no dia 22 de fevereiro, o 4.º aniversário. Foi pouco antes da pandemia que o empresário de Torres Novas, Carlos Mendes, abraçou este projeto de abrir uma imobiliária com serviços intermediação de crédito em Abrantes.
Estes quatro anos foram de conhecimento e aprofundamento do mercado em Abrantes, um mercado que tem evoluído e que tem subido os preços.
Carlos Mendes destacou que o trabalho da empresa vai muito além da compra ou venda de casas, há um outro trabalho em “que ajudamos muitas famílias a poupar dinheiro ao fim do mês”, aludindo a reconversões ou mudanças dos créditos nas instituições bancárias. E ao que revelou, conseguiram um leque de clientes razoável, mas há uma nota que faz questão de vincar e que tem a ver com a recomendação de outros clientes.
O diretor da DS Abrantes disse ainda que quando a pandemia “obrigou” ao “fecho da sociedade” e “tivemos de ir todos para casa” houve um susto. Apesar dos receios, no tempo de confinamento houve muito trabalho, principalmente na área do crédito. Depois o terceiro ano foi em crescimento e agora (2023) “temos tempos difíceis, mas vamos ver.”
Carlos Mendes deixou claro que o objetivo é reforçar a aposta em Abrantes, fazer com que haja cada vez mais pessoas a vir para esta cidade, até porque o mercado continua ainda em valores mais baixos do que outras cidades da região, aludindo aos preços de mercado de Torres Novas e Tomar, por exemplo.
Em declarações á Antena Livre Carlos Mendes diretor da Decisões e Soluções de Abrantes diz que o mercado de habitação está a crescer e tem havido uma procura grande. “Houve muitas vendas no centro histórico, vamos ver no que é que vai dar”, explica acrescentando que o que se nota é que há “investidores que estão a apostar na aquisição de imóveis no centro histórico.”
Carlos Mendes, diretor Decisões e Soluções de Abrantes
Há uma expectativa do empresário que estes investimentos representem recuperação e, logo depois, mais habitação para o mercado de arrendamento. A cidade não tem casas para arrendar e é um problema que se nota cada vez mais. E já para não falar quando começa um ano letivo, com a vinda de jovens para a Escola Superior e Tecnologia de Abrantes.
Há depois outra questão que Carlos Mendes destaca na construção nova. Se não há casas para arrendar também não há para aquisição, uma vez que nos últimos anos não se registou a construção de novas urbanizações e “os Pinheiros ou os Plátanos” já não têm casas para venda.
De notar ainda, disse o empresário, que se nota uma falta muito grande de casas ou apartamentos de tipologia T3.
Outra questão que o empresário diz haver necessidade de medidas urgentes é nos licenciamentos e burocracias, não desta ou daquela câmara, mas da Lei geral. Há processos muito complexos, que podem ser muito simples para propriedades recentes, mas assim que entramos em domínios mais antigos para a ser uma dor de cabeça.
Quando aos planos do Governo para a habitação, à data do aniversário [22 de fevereiro, cerca de uma semana depois do governo ter apresentado as linhas gerais da nova política de habitação] Carlos Mendes não se quis alargar em comentários. Não vê com bons olhos que o Estado queira “ser um agente imobiliário”, mas a falta de informação concreta sobre o que é que vai ser feito ou não vai ser feito preferiu não adiantar muitos pormenores.
A DS de Abrantes assinalou o 4.º aniversário com o foco no crescimento no mercado imobiliário em Abrantes e intermediação de crédito.