Empresas do distrito de Santarém queixam-se da subida dos custos da energia e das suas repercussões nos transportes, logística e matérias-primas, tendo algumas parado parcialmente a laboração, segundo um inquérito realizado pela associação empresarial da região.
Em comunicado, a Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) afirma que 80,7% das empresas que responderam ao seu inquérito declararam estar a ser afetadas pelos valores elevados da energia, referindo 13% que o peso médio no produto final é superior a 30% e 37,1% que agravou 11 a 20%.
“As repercussões dos preços elevados da energia nos transportes/logística afeta 80% das empresas”, afirma a Nersant, adiantando que 46% das empresas se queixam de uma incidência entre os 11 e os 30%, sendo que 94,8% das empresas já sentiram os efeitos no custo das matérias-primas, com 33,3% a queixarem-se de subidas superiores a 30%.
No inquérito, as empresas mostraram preocupação com a pressão sobre os financiamentos por parte da banca, as dificuldades em cumprirem prazos nas encomendas e com a escassez de matéria-prima, dando o exemplo da subida de 50% do preço dos aços galvanizados em apenas uma semana.
A Nersant refere que, nos últimos três meses, o ferro aumentou 58%, o níquel 103%, o gás natural 18% e o Brent (petróleo) 58%, sublinhando que o preço médio aumentou 408% quando comparado com a primeira quinzena de março de 2021.
Lusa