O Governo apresentou hoje apoios de 715 milhões a empresas, associações e centros tecnológicos, para a descarbonização da indústria, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), cujas candidaturas abrem até ao final do ano.
O anúncio dos avisos decorreu na sessão "Descarbonização - Propostas para a Economia Verde", que decorreu em Ílhavo, com a presença do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e do secretário de Estado adjunto e da Economia, João Neves.
Com uma dotação de 715 milhões de euros, os incentivos são financiados pelos fundos europeus do principal instrumento extraordinário de resposta da União Europeia à pandemia, o Next GenerationEU.
De acordo com uma nota enviada pelo Ministério da Economia, o objetivo é incentivar “a descarbonização do setor industrial e empresarial e promover uma mudança de paradigma na utilização dos recursos, concretizando medidas do Plano Nacional Energia Clima 2030 (PNEC 2030) e contribuindo para acelerar a transição para uma economia neutra em carbono”.
As candidaturas aos investimentos serão abertas até ao final do ano e podem ser submetidos projetos de tecnologias de baixo carbono na indústria, como a “introdução de novos processos, produtos e modelos de negócio inovadores ou a alteração de processos, visando a sua descarbonização e digitalização”, “incorporação de novas matérias primas, de combustíveis derivados de resíduos, incluindo biomassa e biogás”, “ recurso a simbioses industriais e medidas de economia circular, incorporando inovação”, e "substituição e/ou adaptação de equipamentos e processos para novas tecnologias sustentáveis e vetores de energia renovável”.
Os apoios abrangem ainda a adoção de medidas de eficiência energética na indústria e a incorporação de energia de fonte renovável e armazenamento de energia, que inclui a promoção da incorporação de hidrogénio e de outros gases renováveis na indústria.
Os incentivos destinam-se a “associações, empresas, de qualquer dimensão ou forma jurídica, da área da indústria, bem como entidades gestoras de zonas industriais, cujos investimentos possam impactar a redução de emissões de gases de efeito de estufa nas indústrias instaladas nas áreas sob sua gestão”.
Lusa